terça-feira, novembro 01, 2005
O porquê do sucesso da Lei Seca em Diadema
Ontem, ao conversar com Regina Miki, secretária de Defesa Social de Diadema (SP), fiquei convencido de que a Lei Seca só é eficaz se acompanhada de outras medidas. E todas dependem de uma boa gestão municipal. Explicando: em Diadema, antes da Lei Seca, veio a implantação da Guarda Municipal, já que sem efetivo policial nas ruas não há como manter o controle sobre os bares (o cidadão pode manter o bar aberto e não sofrerá nenhuma sanção por causa disso). Em Maringá, por exemplo, se a polícia demora 50 minutos para atender um aviso de furto de veículo, terá tempo para checar se os bares estão fechados? Segundo, em Diadema, pesquisas foram realizadas e comprovaram a relação entre os homicídios e os bares, bebidas alcoólicas etc. Por enquanto, não temos estabelecido isso cientificamente em Maringá (não quero dizer que não haja relação). Terceiro, o município é o gestor de um programa de combate ao crime e tem uma espécie de central de inteligência. Diariamente, o prefeito tem sobre a mesa dele um mapa (e não apenas números) do que aconteceu no dia anterior. As ações são pensadas de maneira coordenada e as três polícias trabalham juntas (PM, Civil e Guarda Municipal). Vale lembrar que Diadema, que tem população de 400 mil habitantes, é atendida por 500 PMs, 480 guardas municipais e 180 civis. Ah... e os bares que têm licença especial de funcionamento após as 23h, recebem diariamente a visita da polícia (qualquer uma das três) – ou seja, o monitoramento é diário. Por conta disso, a cidade que tinha 41 homicídios mês sofreu uma redução de 70% neste número.
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