quarta-feira, novembro 30, 2005

Falhas na informática. O prefeito tinha razão

Um dos assuntos que ocuparam as páginas dos jornais no início do segundo semestre deste ano foi a informática da Prefeitura de Maringá e as supostas falhas no sistema que levaram o Executivo a determinar o rompimento do contrato com a empresa fornecedora do software. Na ocasião, questionou-se a medida em função de a administração ter adotado o velho programa utilizado durante a gestão Jairo Gianoto. Duvidava-se que o software apresentasse tantas falhas como estavam sendo alegadas por membros da administração. A comissão formada na câmara para investigar melhor o assunto ainda não concluiu os trabalhos, mas já há informações de que, de fato, a empresa deixou de cumprir algumas formalidades estipuladas no edital, não apresentava a eficácia prometida e ainda requeria o pagamento mensal. Portanto, haviam motivos para trocar o sistema de informática e, neste caso, o Executivo teria tomado a decisão acertada.

Faltas dos vereadores devem ser descontadas?

Para quem quer passar a Câmara de Maringá a limpo, uma sugestão de reflexão:
Alguém pode me responder: se o vereador falta a sessão para tratar de assuntos pessoais ele tem – ou não – que sofrer um desconto no salário dele? Se o regimento tiver a previsão do desconto e este não for feito, o patrimônio público está – ou não – sendo lesado?

Prazo regimental para criar CPI expira na 6ª

O prazo regimental para a câmara instalar a CPI dos Laptops expira na próxima sexta-feira. Embora tenha sido rejeitada em votação, como o juiz concedeu liminar para a abertura, o jurídico da casa deve, obrigatoriamente, cumprir o prazo. Obviamente, a presidência deve recorrer da liminar. Porém, caso o juiz não estabelecer o efeito suspensivo enquanto estiver analisando o agravo de instrumento, a CPI terá que ser criada até o final desta semana.

A fiscalização que faz falta

Durante a sessão histórica da câmara, ontem, além da pequena participação popular, foi sentida a ausência de representantes do SER (Sociedade Eticamente Responsável) e do Movimento pela Cidadania Fiscal (que já havia se proposto a acompanhar os processos de licitação, compras, gastos na Saúde, Educação etc, da câmara e prefeitura).

Dirceu, Palocci, Marly, John... os comportamentos

A jornalista Eliane Castanhêde faz hoje em sua coluna Pensata, no site Folha Online, uma comparação interessante entre José Dirceu e Antonio Palocci. Ela lembra que, ontem, o primeiro levou duas bengaladas; o segundo, foi bem recebido no Congresso e até tirou fotos com criancinhas no colo. Eliane justifica através da Psicologia os tratamentos diferenciados aos dois que, no início do governo, eram as colunas de sustentação do governo Lula.
“[...]É a psicologia de Palocci, que encena o personagem doce e afável, e a de Dirceu, que prefere fazer o gênero poderoso, arrogante, agressivo, dono de si. Você aí, tão longe do Congresso, nem imagina como isso faz uma diferença danada [...] A diferença de psicologia reflete, até, no tratamento que a oposição dispensa aos dois. A Palocci, visitas, telefonemas, tortuosas explicações para manter o silêncio sobre as acusações de sua gestão na Prefeitura de Ribeirão Preto. A Dirceu, pau puro”.

A análise de Eliane me fez lembrar do comportamento de Marly e de John. A primeira, embora pareça estar com a razão (ao defender a bandeira da ética, da moralidade), muitas vezes, passa uma imagem de arrogância e, até mesmo no trato com os colegas, é vista como prepotente; já o presidente da câmara (mesmo estando sob investigação), trata os aliados com humildade, pede desculpas...

A justificativa não justificada de voto de Dorival

Ontem, ao justificar o voto contrário ao pedido de CPI, Dorival Dias afirmou que o “não” era motivado pela total falta de apresentação de provas contra os envolvidos. Será que Dorival se esqueceu (ou achou pouco) das 14 irregularidades citadas por Humberto Henrique? E tudo mais que a imprensa já mostrou nos últimos dias? Por muito menos, apenas depoimentos (nenhuma prova material), o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, poderá ser cassado hoje (caso não consiga suspender a sessão da Câmara Federal) e ficar afastado na política por, no mínimo, oito anos.

Deus é justo. Pra quem?

Minutos depois de a liminar da Justiça (para abertura da CPI) ter chegado às mãos do jurídico da câmara, o vereador Bravin sorria e comentava com os colegas que se Deus havia sido justo, tinha sido para o John. Ele fazia referência ao fato de Marly ter gritado que Deus é justo. Na opinião de Bravin, Deus estava sendo justo é com John que seria um homem inocente. O vereador chegou a essa conclusão após ouvir a opinião de alguns advogados alegando que a liminar não tinha mais valor por ter chegado depois da votação (logo, depois do fato consumado).
Em tempo: particularmente, não colocaria Deus no meio desse imbróglio todo. Penso que o Criador tem vergonha de suas criaturas ao olhar para os políticos.

terça-feira, novembro 29, 2005

É cedo para falar em datas para abertura da CPI

Para quem aposta que a Justiça manterá a liminar que determinou a abertura da CPI, é importante prestar atenção nos fatos ao redor. Embora provavelmente a Justiça reconheça a inconstitucionalidade do parágrafo 4º, do artigo 21, da Lei Orgânica de Maringá, a maneira como os fatos se desenvolveram durante a votação e até a necessidade de discutir primeiro, através de uma Adin, a inconstitucionalidade da legislação municipal devem servir de bons argumentos para os advogados da presidência do Legislativo. Isto sugere dizer que, apesar de a possibilidade concreta de a CPI ser aberta, não será antes do período de recesso da câmara.

Saúde, segundo aliados, vai bem, obrigado

Se depender dos vereadores aliados do prefeito Silvio Barros, este não terá que prestar esclarecimentos tão cedo sobre os problemas do setor. Hoje, Humberto Henrique e Mário Verri tentaram requerer a presença do prefeito na câmara – ou pelo menos do secretário – para explicar as razões da crise no setor. O requerimento, contudo, foi rejeitado por sete votos contra cinco. Vereadores como Zebrão e Bravin que pretendiam votar favoráveis receberam ligações do Executivo que orientou que não aprovassem o pedido dos petistas.
Este foi o terceiro requerimento que tem a assinatura de Humberto Henrique rejeitado pelos aliados do prefeito. Ao que parece, se depender dos aliados, os atos (ou a falta deles) da administração nunca serão questionados (bem, mas isso já não é novidade).

John e marido de Marly discutem na câmara

O embate entre John e Marly mais uma vez foi o ponto alto da sessão. Porém, em função do primeiro ser o presidente da casa, a disputa não tem sido muito justa. Sempre que tenta questionar os atos da presidência, Marly sofre a ameaça de ter o microfone cortado. Foi o que aconteceu hoje em algumas situações. Por conta disso, no momento de anunciar a liminar da Justiça, Marly teve que gritar, sem o apoio do som, para o plenário enquanto John tentava abafá-la bradando pelo microfone. Depois disso, enquanto Marly falava que a CPI estava garantida, John negava que pudesse ser aberta. O mais interessante, porém, aconteceu na salinha da imprensa. O advogado e marido da vereadora, Vanderlei Rodrigues, acabou se encontrando com John e começaram um breve papo (tranqüilo). John argumentou que Marly teria levado a discussão para o âmbito pessoal, já o maridão tentou dizer que se tratava apenas de uma iniciativa que visa esclarecer os fatos.

Hossokawa lavou as mãos

O fato de Hossokawa presidir a sessão durante a votação do pedido de CPI e de ter declarado, antecipadamente, que votaria favorável em caso de empate, não o coloca numa situação favorável diante da opinião dos mais críticos. E a razão é bastante simples: Hossokawa não se dispôs a votar para que o desempenho do SIM ao requerimento fosse diferente do que foi (cinco votos). Por exemplo: e se os favoráveis fossem seis? Com o voto de Hossokawa, poderia ter chegado ao número 7, empatando a votação. Não foi o que aconteceu, mas ficou a impressão que o vice-presidente preferiu não se indispor com o amigo John Alves Corrêa.

Presença de populares revela apatia diante da CPI

Mais uma vez, a população demonstrou sua apatia em relação às discussões que tratam do dinheiro público. Afinal, a compra dos notebooks e tripés foi feita com dinheiro de impostos. Durante a sessão que votou a CPI, apenas algumas pessoas compareceram. Um rapaz fez um pequeno cartaz e pedia CPI Já – também colhia assinaturas. Um pai, com uma criança pequena, ao ver o resultado, saiu gritando “ladrão, ladrão”. Mas, basicamente, foi o que aconteceu. Cá com meus botões pensei: com um comportamento como esse, dificilmente nossos políticos se preocuparão em prestar contas à população.

Justiça determina abertura de CPI, mas há falhas

A sessão da câmara, hoje, foi de “fortes emoções”. Além dos vereadores derrubarem por sete votos contra cinco o pedido de abertura de CPI, a Justiça concedeu liminar a um mandado de segurança impetrado pela vereadora Marly Martin em função de a legislação municipal determinar que a implantação da comissão necessita de apreciação pelo plenário. Portanto, de acordo com a Justiça, a CPI deve ser aberta. Porém, há duas questões: primeiro, a câmara tem tempo para recorrer da liminar; segundo, advogados apontam que Marly teria cometido alguns erros por faltar com a chamada “lealdade processual”. Bem, mas os bastidores da sessão de hoje, ficam para mais tarde...

Câmara de Apucarana publica contas, Maringá não

A presidência da Câmara de Maringá, que arruma todo tipo de justificativa para a ausência de transparência (falta de publicidade) nas contas do Legislativo, deveria dar uma olhada no site da Câmara de Apucarana. A cidade, como todo mundo sabe, tem mais ou menos 1/3 da população maringaense, o Orçamento é muito menor (inclusive o da câmara, basta dar uma olhada no site www.cma.pr.gov.br e consultar) e mesmo assim todas as contas daquela Casa de Leis estão na internet, inclusive mês a mês (outubro já está disponível).

Em busca de um município que copie Maringá

Depois de consultar a Lei Orgânica de vários municípios durante a tarde de ontem, hoje fui pesquisar a mesma lei no município de Umuarama, cidade na qual morei durante 16 anos. Descobri que minha “antiga casa” também respeita a norma maior, a Constituição Federal, e prevê que para abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) basta ter a assinatura de 1/3 dos vereadores – diferente do que acontece por aqui (a legislação municipal prevê a necessidade de assinatura de 1/3 dos vereadores, mais a apreciação no plenário).

Envie para os amigos os posts deste blog

Logo que iniciei o blog, um amigo me questionou sobre a possibilidade de criar um mecanismo para que as notas fossem enviadas para outras pessoas. Naquele momento, eu não sabia que o próprio provedor abria essa possibilidade. Hoje, ela está em funcionamento neste espaço. Por isso, caso você tenha interesse em remeter um destes posts para alguém, basta clicar no envelopinho (com uma flechinha) que vai aparecer uma janela para enviar o texto colocando o seu endereço eletrônico e o da pessoa que deve recebê-lo.

Palocci garante fôlego ao governo Lula

Enquanto escrevo, ouço o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, falando em mais uma comissão da Câmara Federal. Desta vez, ele esclarece sobre o Fundeb (Fundo para Educação Básica). É interessante ver que os deputados apertam, apertam e o ministro segue dando um show. Tem respostas para todas as perguntas - e não foge delas. Cá com meus botões tenho pensado, Palocci pode até ter cobrado propina enquanto foi prefeito. Porém, não há dúvidas de que é o homem mais preparado do atual governo e, se a posição do presidente Lula fosse outra, certamente seria o candidato natural a sucedê-lo em 2010.

Aliados devem barrar requerimento da Saúde

Na tarde de hoje, além da CPI, outro assunto polêmico deve ocupar as discussões da câmara: os vereadores Mário Verri e Humberto Henrique estão requerendo a presença do prefeito Silvio Barros no Legislativo para que preste esclarecimentos acerca da situação atual da Saúde Pública. Acontece que, semelhante ao que ocorreu há uma semana, provavelmente o requerimento dos petistas será derrubado. Os aliados do Executivo municipal, embora estejam convencidos de que há problemas de gestão na Saúde Pública, não devem dar o braço a torcer para os dois petistas. Eles entendem que seria muito humilhante aceitar que partidários da ex-administração municipal questionem o atual governo por permitir que o setor esteja numa situação pior que a anterior.

No voto ou na Justiça sairá CPI?

A reportagem publicada nesta terça-feira pelo Hoje sobre a ausência de simetria do texto da Lei Orgânica de Maringá com as constituições Federal e Estadual poderá permitir o questionamento jurídico da lei municipal (que trata da instalação de comissões parlamentares de inquérito) em função desta não seguir o modelo constitucional. Tive a chance de consultar várias decisões judiciais e a jurisprudência aponta que a Justiça (num questionamento sobre a necessidade de colocar o pedido de CPI para votação em plenário) provavelmente seria favorável ao requerente. Logo, embora exista a chance real de que os vereadores, comandados por John, derrubem o pedido para implantação de CPI na sessão da tarde de hoje, a comissão ainda poderá ser formada – caso alguém queira entrar com um mandado de segurança contra o ato da câmara baseado na Lei Orgânica.

segunda-feira, novembro 28, 2005

R$ 100,00 para presentes? Só ser for noutra terra

Uma nova pesquisa sobre o Índice de Confiança do Consumidor de Maringá será divulgada na quarta-feira. Uma das novidades é que aumentou a esperança do maringaense em ter uma melhor renda neste final de ano. Quase metade dos entrevistados também afirmou que pretende gastar até R$ 100,00 por presente. Cá com meus botões pensei: quem foram os entrevistados? Se quase metade dos maringaenses comprar presentes para toda a família de até R$ 100,00, as lojas não terão do que reclamar. Penso que a maioria da população economicamente ativa deverá comprar presentes de até R$ 30,00 (é mais realidade com a renda média da população). Afinal, tem muita gente que terá que presentear todo mundo com menos de R$ 100,00.

Se vereadores pipocarem, CPI ainda terá fôlego

Amanhã acontece a votação do pedido para abertura da CPI dos Laptops na Câmara de Maringá. Se a assinatura no requerimento se traduzisse necessariamente em votos, a instalação da comissão estaria assegurada. Porém, é certo (só se o John tiver outra estratégia) que os vereadores Zebrão e Odair Fogueteiro vão pipocar e derrubar, no voto, o pedido de investigação. Porém, há um elemento novo, jurídico, que pode garantir um fôlego ao requerimento – desde que alguém esteja disposto a fazer uso dele. Esse assunto, porém, será tema de uma outra matéria que você vai conhecer nessa terça-feira.

Contratação do PSF pode ficar para o ano que vem

A prefeitura de Maringá divulgou hoje que deverá publicar os aprovados no concurso para o Programa Saúde da Família até o próximo dia 15 de dezembro. Caso deixe para o dia 15 (ou perto disso), dificilmente o município conseguirá cumprir a meta de contratar os aprovados a tempo para que comecem a trabalhar no dia 1º de janeiro, como pretendia o Executivo municipal. Depois da divulgação de aprovação, é necessário dar um tempo para os candidatos recorrerem do resultado, questionarem alguma coisa (há indicação inclusive que fumantes se inscreveram no concurso só para levarem a questão para os tribunais), depois há necessidade de oficiar no Diário do Município o nome dos selecionados, enfim, pode faltar tempo e o contrato com a Santa Casa (atual coordenadora do programa) ter que ser prorrogado novamente. O que não seria nenhuma novidade...

A maracutaia está no poste

Vi o cartaz para divulgação da peça “A Maracutaia” em alguns postes da cidade e pensei neste título para a nota. Falando nisso, é vergonhoso saber que a legislação proíbe esse tipo de divulgação e os postes da cidade (inclusive árvores) estarem servindo de mural para a fixação desses materiais publicitários. Cadê a fiscalização?

PT reclama do "leite já derrabado"

Depois de a Câmara de Maringá aprovar o projeto do Executivo municipal que põe fim às eleições para diretores nos centros de educação infantil e cria a lista tríplice nas escolas municipais para nomeação pelo prefeito de quem administrará essas unidades educacionais, o Partido dos Trabalhadores publicou um manifesto contrário à medida. A proposta é interessante – elogiável até. Porém, faz-me lembrar que apenas acentua a disputa que o governo municipal apregoou: que a aprovação – ou não – do projeto nada tinha a ver com a intenção deste: tratava-se apenas de mais uma disputa entre o governo e a administração anterior (ou seja, com os petistas). Tanto é que após a vitória na câmara, quinta-feira, uma representante do governo comemorava a NOVA vitória em cima do PT.
Leia alguns argumentos do manifesto:

“Não há nenhum exagero em dizer que a modificação do processo de eleições para diretores da rede municipal de ensino é um retrocesso. O processo de ampliação da gestão democrática não é obra de um prefeito. Vinha ocorrendo, de forma sistemática e progressiva, havia várias gestões”.

“Se os candidatos que obtiverem mais votos não forem os nomeados, o diretor da escola deixa de ser um agente da gestão democrática da comunidade para ser um cargo de confiança do prefeito”.

Falta de transparência é culpa do povo

Depois de trabalhar na reportagem publicada pelo Jornal Hoje, na edição deste último domingo, sobre a transparência na Câmara de Maringá, cá com meus botões pensei que a sociedade deveria refletir mais seriamente sobre o que diz o artigo 48, da Lei Complementar 101, e cobrar um posicionamento firme de nossas autoridades municipais (câmara e prefeitura).
“São instrumentos de transparência da gestão fiscal, aos quais será dada ampla divulgação, inclusive em meios eletrônicos de acesso público: os planos, orçamentos e leis de diretrizes orçamentárias; as prestações de contas e o respectivo parecer prévio; o Relatório Resumido da Execução Orçamentária e o Relatório de Gestão Fiscal; e as versões simplificadas desses documentos”.

A partir do que diz a lei, vou abrir espaço neste blog para discutir essa questão em vários outros posts. Num próximo, falarei sobre o contato que fiz com a Amarribo (Amigos Associados de Ribeirão Bonito), uma ONG de combate à corrupção (talvez a mais estruturada, neste segmento, do país).

Cadê as árvores retiradas das ruas de Maringá?

O balanço de replantio de árvores que a prefeitura de Maringá tem apresentado é bastante positivo; porém, na prática, não tenho observado isso acontecer. Tenho notado que a empresa contratada para remoção das árvores já condenadas (que estavam – ou estão – na lista de espera do Saop) faz a retirada, mas nada tem sido plantado no local. Pego como referência a minha própria rua. No quarteirão da minha casa, duas árvores foram retiradas nos últimos 90 dias. O serviço foi bem feito, não houve nenhum transtorno, mas nenhuma espécie foi plantada nos locais. Na minha opinião, está havendo uma retirada de árvores na cidade sem a observação da necessidade do replantio. As autoridades ambientais devem ficar mais atentas a esse problema.

sexta-feira, novembro 25, 2005

Um ótimo final de semana!!!

Sexta-feira, hora de agradecer a todos que acessaram o blog durante a semana e desejar um ótimo final de semana. Durante os próximos dois dias eu saio do ar para cuidar de outras coisas (a vida não se resume às notícias). No entanto, deixo aqui um pensamento que nos ajuda a refletir sobre a importância que devemos dar a formação das futuras gerações.
Deixem um campo inculto, e ele produzirá cardos e espinhos. Nunca verão uma bela flor ou um arbusto escolhido a brotarem por entre as feias e venenosas ervas daninhas. A sarça inútil crescerá luxuriante sem que se lhe dêem atenções ou cuidados, ao passo que as plantas de valor pelo uso ou beleza exigem cuidadosa cultura. O mesmo acontece com os nossos jovens. Uma vez que queiram formar bons hábitos, e estabelecer princípios retos, há diligente trabalho a fazer. Se os hábitos errôneos devem ser corrigidos, é necessário diligência e perseverança na execução dessa tarefa. ... É muito mais fácil ceder às más influências do que resistir-lhes. – Review and Herald, 13 de setembro de 1881.

Quem pode fiscalizar a administração pública?

A cartilha lançada pela Amarribo dá dicas interessantes de como as pessoas podem identificar se há fraudes em licitações. As dicas são bastante práticas e detalhadas. Chegam a explicar detalhes sobre a diagramação, o layout que podem apresentar. O que mais achei legal é que a ONG nasceu naquela cidade, Ribeirão Bonito, para fiscalizar os atos públicos e o trabalho é constante. Seria muito bom se outras cidades copiassem o exemplo e, em nossa cidade, tivesse gente disposta a fazer o trabalho feito pela Amigos Associados de Ribeirão Bonito. Em Maringá, o Projeto Ser e o Movimento pela Cidadania Fiscal ainda estão muito longe de exercer o papel dessa ONG.

Notebooks: mais justificativas da presidência

Hoje, durante a conversa com o jornalista Edson Lima, John justificou o desconhecimento dos vereadores sobre a compra dos notebooks. Segundo John, o presidente da casa é ele. Por conta disso, necessariamente ele não precisava avisar que estaria adquirindo os equipamentos. No entanto, acrescentou que, em função do transtorno causado aos colegas, já pediu desculpas por não tê-los avisado. Sobre a vereadora Marly, destacou que não vai permitir ninguém crescer politicamente nas costas dele.

Em defesa da transparência na gestão pública

Encontrei, por sugestão de um amigo, um site interessante. Trata-se do Amarribo, uma organização não governamental de Ribeirão Bonito, que tem como finalidade fiscalizar as ações do poder público. Recentemente, eles lançaram uma cartilha. Entre outras dicas para a população fiscalizar os entes públicos está esta:
Todo cidadão tem o direito à informação. Os prefeitos corruptos tentam driblar esse direito dificultando o acesso à informação. Vereadores honestos tentam obter as informações via requerimentos à Câmara Municipal. Rejeições a esses pedidos de informação pelos vereadores ligados ao prefeito são sintomas de fraudes.
O que dizer dos Legislativos quando não fornecem informações? A regra também se aplica?
Em tempo: o site é
www.amarribo.org.br.

Governo Silvio Barros X Funcionários da Saúde

Depois de conversar com a presidente eleita do Sismmar, Ana Pagamunici, e com o secretário José Buzato sobre o impasse com os funcionários da rede municipal de saúde, cheguei a conclusão que ambos tem razão em alguns pontos. Primeiro, no caso dos funcionários, é verdade que quando os funcionários fizeram o concurso sabiam quantas horas deveriam trabalhar (hoje trabalham menos por um acordo informal, não documentado); porém, em algumas funções, aumentar uma hora de atividade, por exemplo, para os enfermeiros, é bobagem. Hoje, esses profissionais trabalham 6 horas/dia – sem intervalo para almoço. Caso tenham que trabalhar 7 horas, necessitarão de horário de almoço. Logo, haverá custos adicionais com transporte coletivo etc etc. Há um outro detalhe, quem garante que uma hora a mais de trabalho se traduzirá em uma hora a mais de trabalho efetivo? Todo mundo sabe que um pouco antes de sair para o almoço o pessoal já começa a matar o tempo e também perde-se tempo no retorno. Segundo, a razão da prefeitura está no questionamento aos médicos. Embora estes possam reclamar dos salários que ganham, todo mundo sabe que nem as 3 horas (o município quer 4h) que alegam trabalhar de fato são cumpridas. A maioria dos médicos do SUS mal olha para a cara do paciente. Na verdade, em menos de duas horas todo mundo já foi atendido. Também há documentos que provam que muitos deles sequer cumprem a obrigação de atender 16 consultas/dia.

Motoqueiro atropela criança na faixa

Acabo de presenciar o atropelamento de uma criança que tentava atravessar a pista com sua bicicleta. O fato aconteceu na avenida Cerro Azul, poucos metros antes da rotatória com a avenida JK. Parei o carro antes da faixa para dar espaço para o garoto passar. Quando ele começava a travessia, um outro veículo parou ao meu lado. Veio do nada, por entre os veículos, um motoboy que fez o "favor" de não parar e, como o garoto estava encoberto pelo meu carro, atropelou-o. Felizmente, não chegou feri-lo. Fiquei indignado com o fato. Será que o condutor da motocicleta não podia ter reduzido a velocidade? Será que ele não poderia parar atrás do meu carro? Será que ele não podia parar para ver se feriu a criança (o fdp atropelou, viu que o garoto não caiu e foi embora)? Mal tive tempo de anotar a placa. AII 3024. O atropelamento foi às 13h32. Nessas horas, sinto falta de o cidadão de bem ter poder de multa ou de prisão.

John fala a Edson Lima sobre CPI

Há poucos minutos, o presidente da câmara, John Alves Corrêa, conversou com Edson Lima durante o programa de rádio deste jornalista. Entre outras coisas, disse que a votação ontem da Lei Seca não foi retaliação a vereadora Marly. Segundo ele, o projeto estava pronto para ir à votação há bastante tempo e que, neste final de ano, ele pretende fazer uma limpa nos projetos que estão esperando por votação. Sobre a aprovação do pedido de CPI, disse que pode não passar porque os vereadores têm uma rejeição muito grande pela vereadora. Chegou a dizer que se fosse outro vereador que tivesse encabeçando o pedido de CPI, já teria conseguido as assinaturas e a comissão já poderia ter sido aberta.

Fim das eleições diretas: por que retroagir?

Ao conversar ontem com o secretário de Governo, José Buzato (uma pessoa que respeito e por quem tenho simpatia), sobre o projeto do Executivo que pós à eleição direta de diretores nas escolas municipais e nos centros de educação infantil, ele falava com bastante naturalidade que a nomeação de pessoas que dirigem determinadas instituições ou entidades públicas é algo bastante comum. Lembrou que isso acontece em várias universidades (com o reitor sendo escolhido pelo governador), no Tribunal de Contas etc etc. Já a secretária de Educação Norma Deffune apontou que é uma prerrogativa do prefeito definir o modelo para a escolha dos diretores e que não caberia sequer reclamação por parte do Conselho Municipal de Educação. Cá com meus botões fiquei pensando: é verdade que em muitos lugares há lista tríplice, a eleição não é direta, existem nomeações etc etc. Acontece, porém, que na busca pela democracia deveríamos estar avançando, abrindo ainda mais espaço para a participação popular e não restringindo-a aproveitando-se de modelos existentes, herdados dos nossos tempos de ditadura. Repito aqui as palavras do vereador Humberto Henrique: “não sei por que tanto medo de ouvir o povo falar, se o povo é importante para votar?”.

Rejeição à Lei Seca: só mais um capítulo da briga

A rejeição à Lei Seca na Câmara de Maringá estampada na capa de O Diário desta sexta-feira não pôs fim ao projeto. Embora seja notícia, o caráter da discussão de ontem não era a aprovação – ou não – do projeto de autoria da vereadora Marly. Revelava algo bem diferente. John quis mostrar a vereadora o que ele pode fazer com os projetos dela se Marly continuar o incomodando e aparecendo na imprensa como defensora número 1 na ética e da moralidade. Faz parte daquilo que apontei no final da tarde neste blog: um projeto de aniquilamento da vereadora. O presidente da casa mostrou ontem o controle que ele tem sobre a maioria dos vereadores e o que isso pode significar para quem se contrapõe a ele. Porém, Marly promete protocolar novamente o projeto no dia 2 de janeiro. Ela não queria a discussão do assunto ontem, até porque o Conselho de Segurança, a Acim, o Executivo municipal e outras entidades ainda estão analisando o tema – logo, o fato de ter entrado na pauta de ontem só representou mais um capítulo na disputa entre John e Marly.

quinta-feira, novembro 24, 2005

Plenário cheio: populares acompanham sessão

Deu gosto de assistir a sessão de hoje (não pelo resultado das votações). O plenário estava tomado por professores da rede municipal e por representantes e membros do governo municipal. O projeto de interesse do público não tinha nada a ver com a CPI dos Laptops. Eles queriam acompanhar de perto a votação da proposta do Executivo para pôr fim às eleições para diretores nos centros de educação infantil e estabelecimento de uma lista tríplice nas escolas municipais para que o prefeito nomeie o diretor. O público estava bem dividido. No final, ganhou o governo. Ou, como eu ouvi de uma aliada do prefeito, o PT foi derrotado de novo. Para o pessoal da administração, essa era a disputa: administração anterior versus atual. Infelizmente, como tenho dito várias vezes, aqui em Maringá tudo se resume numa disputa política entre dois grupos. O problema é as questões e problemas da cidade vão muito além dessa visão medíocre de alguns dos nossos representantes públicos.

Qual será a tática do presidente John?

O questionamento do momento é: qual é a tática do John? Com o anúncio feito por ele de que assinará inclusive o pedido de abertura de CPI e dois de seus aliados, Fogueteiro e Zebrão, já tendo assinado, o que pretende o presidente do Legislativo maringaense? As duas possibilidades que se abrem é, primeiro, assinar para acabar com o assunto logo derrubando no voto o pedido da CPI; segundo, aprová-la e ter o controle das investigações. Apostem suas fichas. O próximo capítulo desta novela acontece na terça-feira que vem.

Começou o aniquilamento da vereadora Marly

Começou o processo de aniquilamento da vereadora Marly na Câmara de Maringá. A presidência da casa demonstra disposição em acabar com a banca da vereadora conquistada após o surgimento do caso da compra dos notebooks e tripés. Como a vereadora virou capa de jornal e estrela no rádio e na tevê por defender a bandeira da moralidade e da investigação, John decidiu que era hora de acabar com a festa da Marly. Além de ir ao Pinga Fogo no programa de terça-feira e soltar o verbo contra ela, John criticou-a duramente no grande expediente na sessão daquele dia, voltou a chamá-la de oportunista e arrogante, inclusive, hoje na CBN. Agora, na sessão desta tarde, colocou o projeto mais importante da vereadora neste ano, a Lei Seca, sem o consentimento dela. Desesperada, Marly pediu a retirada por 10 sessões; o pedido foi derrubado – e o projeto também. Para piorar a situação dela, John resolveu assinar o pedido de CPI. Ou seja, está tentando assumir as rédeas definitivamente e já começa mostrar que “armas” não faltam a ele.

Escândalo dos laptops agora é assunto nacional

Depois de se tornar conhecido no Paraná, através da Rede Paranaense de Televisão, o escândalo dos laptops agora está na mídia nacional. Marçal Siqueira, âncora da CBN, entrou há poucos minutos ao vivo na programação transmitida pela cabeça de rede para todo o país para falar sobre a compra dos notebooks e tripés pela Câmara de Maringá com preços incompatíveis com os praticados pelo mercado.

Deu tempo para descobrir escândalo dos laptops

Dentro de alguns minutos estarei na Câmara de Maringá para acompanhar mais uma sessão que promete ser quente. Cá com meus botões estava pensando, tanto os vereadores fizeram neste ano para manter pautas sempre frias, sem assuntos relevantes, polêmicos, que a imprensa acabou tendo tempo para descobrir os furos na compra dos notebooks e tripés pela presidência do Legislativo.

Escolas: quem disse que os pais sabem votar?

Ainda não tinha comentado nada sobre essa polêmica do fim do direito a livre escolha dos diretores nas escolas municipais. Porém, vou tentar elaborar uma reflexão sobre este assunto. Basicamente, a proposta do prefeito Silvio Barros é estabelecer que cada escola tenha, no mínimo, três candidatos; a população vota neles, mas a decisão final acaba sendo do prefeito; já nos centros de educação infantil, é nomeação mesmo – não tem sequer a enrolação das eleições. Pois bem, a atitude do município foi, no mínimo, precipitada. Não discutiu com a categoria, não sondou os pais de alunos, enfim, foi antidemocrática. Caso o prefeito quisesse argumentar que nem sempre os pais conhecem de fato quem são os melhores nomes para dirigir a escola, eu entenderia. Afinal, sou pai de aluno e por mais que participe da educação de meu filho não sei bem quais professores da escola dele poderiam melhor dirigir aquela instituição. Porém, isto não justifica que o município decida tirar o direito histórico da livre escolha do diretor apenas em razão de achar que fulano é melhor que sicrano. Entendo que a postura do prefeito deveria ser outra. Dizer que não houve tempo para discutir, é conversa fiada. Não houve tempo para mandar o carnê de IPTU na casa das pessoas, não houve tempo para discutir o IPTU, não houve tempo para tratar antecipadamente das eleições. Pára com isso! Se de fato faltou tempo é porque sobrou incompetência.

Apoio de John a CPI: estratégia certa (para ele)

Caso John apóie a abertura da CPI, como ressaltou o jornalista Ângelo Rigon em seu blog, e ela de fato aconteça, o presidente da câmara terá usado a estratégia certa (para ele, é óbvio). Isto porque, como tem controle sobre 2/3 dos vereadores, John poderá definir o presidente e o relator. Logo, o resultado das investigações seria bem diferente daquele que muita gente espera (comprovação de que houve irregularidades, punição aos culpados etc etc).

John X Marly: a batalha continua

Apesar do desempenho nos ataques entre John e Marly ter sido mais favorável ao presidente da câmara, quem ouviu de perto ou teve acesso aos argumentos utilizados por ele acabou se solidarizando com a vereadora. John, de fato, foi duro e até pode ter razão em alguns dos adjetivos que utilizou para classificar Marly (principalmente no que diz a dificuldade dela de obter a simpatia ou os votos dos colegas), porém, como a vereadora assumiu a bandeira da moralidade – algo que as pessoas esperavam de TODOS os vereadores – muita gente acabou achando despropositada a atitude de John. Ficou mais parecendo uma defesa desesperada na tentativa de manter o cargo.

Viana anuncia assinatura ao pedido de CPI

O vereador Valter Viana acaba de confirmar para a imprensa que assinará o pedido de CPI feito pela vereadora Marly. Oficialmente, essa seria a terceira assinatura para investigação da compra de notebooks e tripés pela Câmara de Maringá. Também são praticamente certas as assinaturas de Humberto Henrique e Mário Verri.
E por falar no escândalo da compra de notebooks e tripés para o Legislativo, não consigo me lembrar se já tinha ouvido ou visto na grande mídia o termo "superfaturamento" para classificar a situação da compra. Hoje, ouvi e vi a jornalista e apresentadora do Paraná TV, Patrícia Mascari, usar o termo ao se referir aos notebooks.

Políticas municipais de atenção às mulheres

Recebi hoje pela manhã em meu programa a secretária municipal da Mulher, Terezinha Pereira. Ela anunciou que ainda este deverá ser instalado em Maringá o Centro de Proteção e Atenção à Mulher. Trata-se de um espaço que terá advogada, psicóloga, assistente social e toda estrutura, inclusive veículo próprio, para dar o atendimento necessário às mulheres que enfrentam algum tipo de problema social. O projeto foi herdado da administração anterior e conta com verba do governo federal (R$ 130 mil). A contrapartida (R$ 26 mil) é do município. O dinheiro deve chegar na próxima semana e a intenção da prefeitura é licitar a compra dos equipamentos necessários entre o final deste mês e início do próximo.
Também já está quase tudo pronto para entrar em funcionamento a Casa Abrigo. Um local que servirá de proteção às mulheres em risco de morte. Há mulheres ameaçadas pelo marido e que precisam sumir do mapa por um tempo. Essa será a finalidade da casa que sequer será conhecida do público. A inauguração será simbólica. Ou seja, as pessoas saberão que existe, mas não conhecerão o local. A casa tem 10 suítes, espaço verde, cozinha industrial etc.

Os leitores e o vereador Chico Caiana

Dois comentários recebidos pelo blog sobre o vereador Chico Caiana.
“O edil até que começou bem, mas está se mostrando um covarde. Ou os assuntos particulares predominam sobre os públicos”. Jorginho
“Eu acho que o vereador Chico Caiana não terá coragem de assinar”. Josenilton
Também não acredito na assinatura do Chico Caiana ao pedido de CPI, nem também no voto favorável dele, caso o pedido de CPI chegue a ser votado em plenário. E se me perguntarem a razão de ele se posicionar contrário, pouco saberia dizer. Pelo menos por enquanto, o vereador não revelou para quê foi eleito.

quarta-feira, novembro 23, 2005

CPI dos Laptops sai amanhã?

Está no blog do jornalista Angelo Rigon:
A quinta-feira promete grandes emoções. O pedido de instalação de Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar a compra de 20 laptops fora de linha e dois tripés para a Câmara Municipal de Maringá, no valor de R$ 236 mil, deverá chegar ao plenário durante a sessão ordinária de amanhã. O pedido é de autoria da vereadora Marly Martin (PFL) e já tem a assinatura de Umberto Becker (PPS). Com mais três assinaturas, o pedido vai para plenário - onde serão precisos oito votos para a abertura da CPI. As três assinaturas devem ser formalizadas amanhã cedo - e serão as dos vereadores do PT (Mário Verri e Humberto Henrique) e do PHS (Valter Viana).

Com as cinco assinaturas, o requerimento para abertura da CPI vai ao plenário, mas e daí: quem aprovará sua abertura? Além dos cinco, seriam necessários mais três votos. Por ser evangélico (supostamente, teria o compromisso de não permitir que suspeitas fossem jogadas para debaixo do tapete), membro da mesma igreja da Marly,e companheiro de mesa dela e estar no primeiro mandato, Chico Caiana, deveria ser o sexto voto. Mário Hossokawa e Dorival Dias, por sonharem com a presidência da casa, teriam motivos políticos para isso (a derrota política de John abriria as portas para eles) - seriam os outros dois votos necessários. Porém, isso aqui é só suposição. Os três devem continuar ao lado do presidente. E este segue firme para se manter como líder maior daquela casa como me disse recentemente, no começo do escândalo: "se bobearem, termino este mandato como presidente e me elejo novamente".

Requião X Pavanelli: como as coisas mudam...

Enquanto via Requião ao lado do atual presidente do PMDB local, Gilberto Pavanelli, lembrava de uma ocasião em que o governador, em público e na presença de várias pessoas, foi extremamente mal educado com o reitor da UEM quando este foi cumprimentá-lo. Naquela ocasião, Requião chegou a sugerir que a universidade teria problemas com suas contas e de administração. Hoje, o clima é bem diferente. Fala-se, inclusive, que Pavanelli seria o nome de Requião a deputado estadual em nossa região.

Requião, os pedágios e a aftosa

Durante a visita a Maringá, Requião reclamou da Justiça e apontou que, muitas vezes, favorece as concessionárias de pedágio. Disse ainda que o Estado está recorrendo mais uma vez a fim de que o roubo do pedágio seja interrompido. Durante a breve conversa que a imprensa teve com ele, notou-se que Requião anda bastante irritado com a Justiça por causa dos pedágios e que ele não pretende dialogar com as concessionárias. Sobre a aftosa, foi categórico. “Não tem aftosa no Paraná”.

O blog do professor Josenilton

Quem acaba de lançar um blog é o professor Josenilton, leitor e amigo deste espaço. Trata-se de um blog sobre história. Já tem alguns posts interessantes e curiosos. Vale a pena dar uma olhada. www.profjosenilton.blogspot.com

Incidentes na passagem de Requião por Maringá

O governador Roberto Requião veio hoje a Maringá. Recebi a tarefa de acompanhá-lo. Nunca é fácil conversar com ele. Porém, hoje, estava mais tolerante e falante. O que quase colocou tudo a perder foi um rapaz, saído sabe-se lá da onde, munido de um gravador, que abordou Requião logo que ele começou a conversar com o repórter Ricardo de Souza (Salsicha). O garoto perguntou a opinião do governador sobre a política externa e interna do Brasil. Quando Requião começou responder, o rapaz resolveu retrucar e dar a opinião dele. No seu jeitão “simpático”, o governador perguntou se ele queria entrevistá-lo ou ser o entrevistado. Depois do incidente, o Salsicha quis saber o que o governador tinha achado de tudo. Requião sorriu e adjetivou: “é um bobão”. Já na saída, um homem, alegando fazer aniversário amanhã, interrompeu Requião para pedir uma lata de leite de presente. O governador finalizou a abordagem com um “parabéns”.

John X Marly: apenas mais um round

O confronto entre John Alves Corrêa e Marly Martin Silva já era esperado. Há muito tempo, o presidente da câmara apenas tolera a presença da Marly. Sabe-se que vários projetos dela são engavetados ou derrubados no plenário por influência direta da presidência. O que incomoda John é o fato de ter alguém sempre discordando dele e agora, com o escândalo dos notebooks, crescendo em cima do “espetáculo”.

Pra que serve um vereador assim?

A afirmação do vereador Odair Fogueteiro sobre a CPI dos Laptops é, digamos, hilária.
Eu não tenho informações sobre isso, ninguém me passou nada, não recebi nenhum informativo. Também não li nada na imprensa porque estava viajando. Não tive ainda acesso a esse pedido e nem sei se é sobre os computadores ou sobre os tripés.
Só faltou ele dizer que não mora em Maringá e nem é vereador. Quem é parceiro, companheiro, amigo do John, não precisa de uma justificativa tão sem sentido como essa para fugir do assunto e da responsabilidade junto ao eleitor.

terça-feira, novembro 22, 2005

Vereadora muda pedido de CPI

Depois de um texto bastante genérico e que permitiria investigar até mesmo as contratações em cargos de confiança na Câmara de Maringá, a vereadora Marly Martin Silva elaborou um novo requerimento no qual é mais específica e detalha mais o que pretende. A mudança visa conquistar o apoio e as assinaturas dos colegas. Três vereadores deveriam se reunir ainda hoje com ela para discutir o pedido de CPI dos Laptops.

Polêmica da rua pode terminar na Justiça

Os vereadores passaram, hoje, sobre a legislação municipal e mantiveram – por oito votos a quatro - o nome da rua Saadedine Ali Wardeni. O nome anterior era Itália e a mudança foi aprovada em desacordo com a lei que prevê um mínimo de 70% de aprovação popular para ser feita a alteração – desde que não seja nome próprio (quando é nome próprio, não pode ser mudado, mesmo com apoio popular). Há um outro aspecto nessa alteração feita no ano passado: o nome Itália foi dado aquela rua do jardim Guaporé como homenagem a mãe do responsável por fazer o loteamento do bairro. Por conta desses aspectos, a família e moradores do bairro podem questionar a legalidade do ato da câmara na Justiça.

Embate entre Marly e John vai longe

O clima foi tenso hoje na câmara. John Alves Corrêa, presidente da casa, estava visivelmente irritado. Ele havia chamado a vereadora Marly Martin de “oportunista” no programa do Pinga do Fogo. Marly tentou dar o troco, mas durante a sessão foi impedida de falar sobre o assunto. Apenas no grande expediente disse que John estava agindo como um capataz, também falou das retaliações que têm sofrido (não teria autorização para fotocópias, cópias de processos etc etc). Como resposta, John foi ainda mais duro e entre outras palavras chamou a vereadora de arrogante. Marly, no entanto, já apontou que poderá processá-lo pelo tratamento recebido e declarações dadas no Pinga Fogo. Ela inclusive já requisitou fita (cópia) da entrevista.

Outras razões para não sair a CPI nos Laptops

Há uma outra razão, pouco comentada por nós, jornalistas, para que o pedido de CPI feito por Marly Martin não saia do papel (não receba as assinaturas necessárias e, caso receba, não seja aprovado). A vereadora não trata apenas da compra dos notebooks e tripés; Marly quer que a comissão investigue TODAS as compras realizadas pela câmara (por licitação ou não) e mais: que sejam investigadas as CONTRATAÇÕES de pessoal em cargos de confiança para assessoria da presidência e outros departamentos. Alguém acha que os vereadores darão um tiro no pé?

O clima para a sessão da Câmara de Maringá

Mais uma vez a população deixará de assistir a um “bom” espetáculo na Câmara de Maringá. Isto porque, apesar de aberta, pouca gente vai aquela casa a fim de assistir as sessões. Hoje, além do clima pesado por conta da polêmica compra dos notebooks e tripés para o Legislativo, há a expectativa de ter ou não as assinaturas necessárias para que o pedido de abertura da CPI seja votado em plenário, tem o embate entre a vereadora Marly e o presidente John Alves (que a chamou de oportunista), e tem ainda a briga por causa da troca do nome da rua Itália para Saadedine Ali Wardeni. A sessão começa após as 16h (o certo é às 16h, mas nunca começa pontualmente).

Farmácias fazem teste gratuito de diabetes

Numa parceria interessante entre a Acim e seus associados, a população de Maringá, Sarandi, Mandaguaçu e Cianorte tem a chance de fazer, gratuitamente, o teste de glicemia, que indica se a pessoa pode – ou não – ter diabetes. Em Maringá, várias farmácias estão fazendo o teste até sábado. No entanto, é preciso estar em jejum.
Quem tiver interesse, basta ficar de olho se a farmácia está identificada com bandeirola da campanha de prevenção e combate a diabetes. Há várias delas na avenida Brasil, e outras na Herval, Morangueira, São Paulo, Madacaru, Cidade de Leiria, Alexandre Rasgulaef, Praça Farroupilha, avenida das Palmeiras.

Acesso de leitores a este blog

Um leitor anônimo – sabe-se lá por que – entrou no blog e abriu a caixa de comentários apenas para dizer que ninguém lê este blog. A justificativa para isso seria a quantidade de comentários registrada. Bem, em resposta ao caro anônimo (que não sei que motivação teve em fazer isso), quero dizer que de fato este blog não é nenhum campeão de acessos. Apenas comparando com três espaços que visito regularmente e gosto (Factorama, Jornal Hoje e Blog do Noblat), este blog está longe dos números de qualquer um deles. O Factorama, por exemplo, tem média acima de 300/dia; o Hoje, está na casa de 4 mil/dia; o Noblat, cerca de 1,5 milhão/mês. Eu recebo, segundo o contador Ipstat, uma média de 70 a 80 pessoas diferentes por dia, com mais de 100 acessos, em função de alguns voltarem a este endereço mais de uma vez por dia.
Explico isso porque este espaço não tem nenhum interesse comercial (praticamente não o promovo, nem mesmo no meu programa de rádio), não ganho nada para fazê-lo (e o faço sozinho) e publico aqui estes posts pois as informações estão relacionadas ao meio onde trabalho, circulo e acaba servindo como uma espécie de diário (aberto) de notícias sobre as quais reflito.

Mutirão contra a dengue - resposta ao leitor

Sobre um post que tratava sobre a ausência de um mutirão contra a dengue publicado ontem neste blog, o leitor Juca sugeriu que este jornalista se informasse melhor. Disse também que, ao contrário do que eu havia comentado, o chamado Dia D de Combate à Dengue aconteceu em Maringá.
Muito bem, se o Juca entende que houve o mutirão, eu entendo que não houve. O Dia D, como defende o Ministério da Saúde, é uma espécie de arrastão em TODA a cidade, mobilização da população, limpeza de entulhos, panfletagem, carros de som, visita às residências etc etc.
Em Maringá, no último sábado, receberam os agentes de saúde a Zona Sete e a Vila Esperança. Os outros bairros da cidade não viram e nem ouviram falar do combate à dengue. Nenhum meio de comunicação recebeu um único release da prefeitura falando sobre o mutirão ou sugerindo o tema como pauta. Os quatro veículos de comunicação que se propuseram a tratar do assunto procuraram a Vigilância Sanitária para saber o que seria feito, porque até então ninguém os havia informado.
Quanto ao trabalho feito, cerca de 9 mil residências foram visitadas. A escolha pela Vila Esperança e Zona Sete foi baseada no fato de estes locais concentrarem um índice de 71% da presença do vetor dentro das residências. Porém, outros bairros também apresentam índice elevado e não contaram com a presença dos agentes. Exemplo disso é a região do Mandacaru, Cidade Alta e Hortência. E por quê? Por falta de recursos para a realização do modelo de arrastão que até o ano passado era feito e por falta de pessoal. Para se ter uma idéia, praticamente todos os bairros foram visitados no ano passado no Dia D de Combate à Dengue. E foi no ano passado que o número de casos registrados da doença não chegou a 10 (oito, para ser preciso) – neste ano, já foram 105 confirmados, de 293 notificados.
Portanto, Juca, agradeço seu comentário porque de fato publiquei uma informação parcial (por isso, retirei o post anterior), mas, você pode não concordar comigo, mas considero que, diante do aumento do número de casos e de outras decisões administrativas da prefeitura, não há justificativas para fazer um “mutirão” tão restrito – logo, entendo que não houve arrastão contra a dengue e por isso publiquei o post (já retirado) não revelando esse outro lado da história.

segunda-feira, novembro 21, 2005

Tem vereadores dizendo que não podem assinar o pedido para abertura de CPI sem o resultado dos trabalhos de investigação do Ministério Público e do parecer da OAB. Alguém aí pode me dizer o que uma coisa tem a ver com a outra? Pelo que eu saiba, as investigações de uma CPI sempre correm em paralelo. Lembro agora de uma entrevista que fiz com Décio Pialarissi, delegado da Receita Federal de Maringá, na qual o questionei sobre a validade de uma CPI diante das investigações feitas pela receita (enriquecimento ilícito, dinheiro público desviado etc). Ele foi bem claro ao dizer que uma CPI traz elementos que possibilitam inclusive a investigação feita por outros órgãos.
Eu acredito que se complementam, porque algumas coisas poderiam não chegar ao conhecimento das instituições públicas. O trabalho político da CPI acaba trazendo à tona elementos que criam as condições para se fazer a fiscalização.

Cidade pode ficar sem tratamento de quimioterapia

A situação anda complexa na Saúde de Maringá. Desde a semana passada, o Hospital Santa Rita, único credenciado pelo SUS a prestar serviços de quimioterapia para pacientes com câncer, perdeu o credenciamento. Sabe-se lá por que, o nome do hospital não consta mais no banco de dados do Ministério da Saúde (Datasus). Atualmente, entre 800 a mil pessoas por mês são atendidas por aquele hospital. Caso a decisão seja mantida, esses doentes poderão ter o tratamento interrompido ou terem que ser encaminhados para outras cidades.

Ranking das auto-escolas: a quem interessa?

É polêmico – e interessante – o anúncio feito por Ulisses Maia ao Jornal Hoje sobre o estabelecimento de um ranking de auto-escolas em Maringá por acidentes de trânsito. Como se sabe, a cidade tem tido ao longo dos anos vários casos de compra de carteiras de habilitação. Gente já foi presa, outros foram exonerados, mas vira e mexe surgem novas denúncias. Quase sempre, a carteira comprada pelo interessado em se tornar um condutor regular é intermediada por uma auto-escola. Logo, um ranking revelando que auto-escola mais formou motoristas infratores ou envolvidos em acidentes de trânsito poderia trazer uma competição saudável entre elas: preparar bem o motorista para não aparecer na ponta da tabela.

CPI: uma boa resposta para a sociedade

Maringá vive um momento de carência de homens e mulheres de atitude. Basta notar que, no caso da Câmara de Maringá, debaixo da nuvem negra resultante da compra de notebooks e tripés por preços incompatíveis com os de mercado, há uma tentativa de deixar tudo como está para ver como é que fica. O pedido de abertura de CPI, por exemplo, espera pela assinatura de três vereadores. Embora a iniciativa da vereadora Marly Martin Silva possa ser considerada oportunista, populista ou precipitada, os colegas relutam sem motivos por assinar o pedido. Isto porque, a abertura de uma CPI não se configura em nenhum julgamento prévio dos envolvidos; também não haveria necessidade de nenhuma prova contundente para abri-la, já que é em busca dessa prova que deve ir a comissão; assinar e posteriormente aprovar a abertura da CPI também não significa que a presidência ou a relatoria ficarão sob os cuidados de quem tomou a iniciativa de requerer a CPI. Portanto, para quem pensa em transparência, defende a moralidade na coisa pública, sair-se com uma CPI seria uma boa resposta para o eleitorado maringaense.

Prendam esses motoristas!!!

Não sou nenhum cidadão acima do bem e do mal, mas fiquei extremamente irritado hoje ao ver um motorista jogar uma latinha de bebida pela janela do carro. O cidadão (não sei se deveria chamar de cidadão alguém que age dessa maneira) se aproximou do canteiro da rotatória da Nildo Ribeiro com Gastão Vidigal e atirou a lata no gramado. Quinhentos metros depois, entrou na contramão no “trevo” que dá acesso ao conjunto Cidade Alta e ao contorno sul. Como não sou nenhuma autoridade para multá-lo pelas duas infrações, apenas anotei a placa: AKX 3875, um Fiesta Sedan, de Campo Mourão. Gente como esse condutor anda tranqüilamente pelas ruas e avenidas de nossas cidades e agem com desrespeito ao trânsito e à natureza como se esses comportamentos fossem os mais naturais do mundo. Pior é que depois ainda se sentem no direito de reclamar do poder público que não limpa a cidade, não faz nada para evitar acidentes etc etc.

sexta-feira, novembro 18, 2005

Um ótimo final de semana!!!

Aos leitores e amigos, um ótimo final de semana. Quero apenas esclarecer que o blog volta com novidades na próxima segunda-feira. Até lá, o Ronaldo aqui dá um tempo às notícias e corre atrás de outras atividades (igreja, música, ensaios, família, livros etc). Deixo aqui uma mensagem para reflexão.
Deus nos tem dado muitas vantagens e oportunidades, e quando o último grande dia chegar, e virmos a que poderíamos haver atingido caso nos houvéssemos aproveitado do auxílio que o Céu nos ofereceu; quando virmos como poderíamos haver crescido na graça, e considerado essas coisas como Deus as considera, vendo o que perdemos por deixar de crescer até à plena estatura de homens e mulheres em Cristo, desejaremos haver sido mais diligentes, mais determinados para alcançar o prêmio de nossa soberana vocação
em Cristo Jesus. – The Youth’s Instructor, 28 de junho de 1894.

Números de acidentes caem em Maringá

Dados extra-oficiais revelam uma significativa redução no número de acidentes de trânsito em Maringá. Embora não haja dados concretos, acredita-se que em outubro, primeiro mês sob o novo esquema (com respeito ao pedestre na faixa), a curva que era crescente tenha registrado tendência de queda - algo em torno de 50%, comparado com outubro de 2004. Já os resultados na avenida Mandacaru, a mais recente na implantação das faixas (são oito), ainda são tímidos. Os motoristas que circulam por aquela via geralmente exageram na velocidade. Lá seria preciso associar com a fiscalização eletrônica.
Vale acrescentar que, no próximo domingo, teremos 60 dias do lançamento da campanha de respeito ao pedestre na faixa.

Assinatura de John no pedido de CPI?

Para quem alimenta a expectativa de quais vereadores assinarão o requerimento para abertura da CPI dos Laptops um breve comentário. O vereador e vice-presidente da Câmara de Maringá, Mário Hossokawa, já foi convidado a assinar – afinal, foi ele um dos primeiros a relacionar à imprensa uma série de irregularidades encontradas na licitação dos notebooks e tripés. Hossokawa, embora tenha comentado que acha importante a instalação da CPI, saiu-se com o argumento de que estaria disposto a tentar convencer o próprio John, presidente da casa, a apoiar a abertura da comissão a fim de esclarecer os fatos e limpar a imagem dele.

Parecer do corregedor está sendo preparado

Há cerca de 20 dias, a vereadora Marly Martin Silva protocolou um requerimento no qual pedia, por escrito, diversas informações sobre a compra dos notebooks. Na ocasião, solicitou um parecer do corregedor da casa e questionou o papel da Corregedoria, já que esta deveria fiscalizar os processos de licitação. O dono do cargo, ou seja, o corregedor, é o vereador Zebrão. Este, por sua vez, declarou na semana passada, durante a sessão, que daria o parecer dele a vereadora. Disse que não tinha nenhuma informação sobre o assunto, não teve conhecimento sobre a licitação etc e tal. Quando a vereadora pediu que a fala de Zebrão fosse registrada em ata, ele recuou. Agora, tenho a informação de que o parecer de Zebrão, corregedor da câmara, está sendo preparado. Acontece, porém, que ele estaria sendo municiado pela presidência da casa. Na prática, John Alves Corrêa estaria orientando o vereador a emitir o parecer oficial. Só queria saber como é que fica essa situação. Se Zebrão já declarou de público que não tinha conhecimento de nada (falou isso à imprensa), como será o parecer dele no caso da licitação dos notebooks e tripés?

Enquete da CPI dos Laptops

O Factorama disponibilizou o nome dos 15 vereadores numa enquete para que os leitores votem em quem acha que assinarão o requerimento de abertura da CPI dos Notebooks. Por enquanto, o mais votado é o vereador Humberto Henrique, do PT.
Cá com meus botões, acho que a Marly pode até conseguir as assinaturas necessárias para requerer a abertura de uma CPI. O problema é aprová-la na câmara. Isto porque serão necessários oito votos para colocá-la em funcionamento. Ou seja, ainda que, ao lado de Marly e Umberto Becker, assinem Humberto Henrique, Mário Verri e Valter Viana (os chamados oposicionistas), faltariam outros três votos para de fato abrir a CPI.

Pupin, Silvio e a Saúde de Maringá

Desde ontem, todo mundo comenta as declarações do vice-prefeito Roberto Pupin sobre a Saúde de Maringá. Entre outras coisas, Pupin disse estar envergonhado por ter pedido o voto da população e que a saúde piorou muito. Lembro agora das declarações de Silvio Barros a respeito do mesmo assunto, feitas há cerca de duas semanas ao Jornal Hoje.
Organizar tudo isso foi muito difícil. Não que a gente tenha tido aqui dificuldade de resolver, mas acontece que o problema é muito maior do que eu podia imaginar que fosse. E recuperar tudo isso é necessário. Poderíamos ter tido ações paliativas e a população não ter sentido tanto essas mudanças, mas isso não seria suficiente para alcançar o resultado que nós queremos dentro da gestão.

Se nós não investirmos em promoção e prevenção, não haverá dinheiro suficiente para cobrir a recuperação e o sistema vai implodir. Então, eu resolvi demolir o prédio e começar a fazer de novo. Isto é o que está levando esse tempo. Por quê? Porque esse prédio não ia se sustentar de pé de jeito nenhum. Ele já estava carcomido por uma série de problemas que não permitiriam continuar essa construção. É como uma pessoa que está com uma doença terminal; o tratamento às vezes machuca mais que a própria doença. O tratamento da área da Saúde está sendo percebido pela população como uma coisa que debilitou o sistema, enfraqueceu o sistema, mas o tratamento visa a recuperação do corpo, visa a reconstituição do sistema.
Ao que parece, Pupin está cansado de esperar a reconstrução ou achou que os argumentos do prefeito não passam de conversa fiada.

Notebook da Câmara custava R$ 4.500,00

O jornalista Ângelo Rigon já publicou no blog dele, mas vale aqui reforçar: o vereador Humberto Henrique fez uma análise da licitação dos notebooks e tripés comprados para a Câmara de Maringá. Ele relacionou 14 irregularidades. Vale a pena ler. Está no site www.humbertohenrique.com.br. Publico aqui apenas a última consideração feita pelo vereador.
Diante de todos os pontos acima descritos, e considerando que somente uma empresa participou do certame, bem como levando em consideração que no lançamento do Notebook Infoway Note E5505 da Itautec em maio de 2004, o preço do equipamento era de R$ 4.490,00, e nesta licitação o valor chega a R$ 10.980,00, e que destes, cerca de aproximadamente R$ 3.000,00 se refere a cobrança por parte da empresa vencedora de garantia por mais 12 meses, podemos concluir que o processo apresenta várias irregularidades, e que por isso deveria ser cancelado, pois além das irregularidades apresentadas, existe também a questão da imoralidade, ferindo o artigo 37 da Constituição Federal que diz: “Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.

Mais transparência, por favor

Comentário do professor Josenilton, leitor do blog.

As vezes tenho a impressão de que paira sobre o legislativo maringaense uma nuvem escura, que impede o povo de ver o que realmente está acontecendo por lá. Se não, vejamos o caso recente da compra dos notebooks pela Câmara Municipal. Segundo o que tenho sido informado pela imprensa maringaense até o momento, o preço pago pelos computadores foram altíssimos, havendo no mercado modelos melhores do que os adquiridos pela Câmara por um preço muito menor. Também, segundo os jornais, os documentos referentes a licitação dos computadores, quando requisitados pelo Ministério Público, não estavam de pronto disponíveis.

Ao meu ver, o primeiro questionamento que deve ser feito pela sociedade maringaense, não é se os notebooks são necessários ou não ao trabalho do vereador. Ou se os vereadores teriam ou não preparo para utilizar as máquinas. Mas, por que parece não ter havido transparência na aquisição dos mesmos. Não é aceitável que a simples compra de computadores demore tanto tempo para ser esclarecida. Felizmente, o ditado popular "há males que vêm para bem", se mostra verdadeiro mais uma vez. Pois, depois de tanta conversa em torno dos notebooks, parece que há uma movimentação entre os vereadores para dar mais transparência aos trabalhos naquela Casa de Leis. Isso é louvável. Mas, que não se esqueçam, os nobres vereadores, que ainda precisam esclarecer ao povo maringaense a compra dos notebooks de ouro.

quinta-feira, novembro 17, 2005

Antes da CPI, festa e descontração

Antes do pedido de abertura de CPI, a Câmara de Maringá vivia um momento festivo - bem diferente da tensão que tomou conta daquela casa nos últimos dias. O time do Galo Maringá foi convidado para ser homenageado. A proposta foi do vereador Zebrão. A festa estava bonita, os vereadores tiraram fotos com os jogadores, comissão técnica e diretoria. Embora, como todo mundo sabe, exista uma motivação política para tal ato, a iniciativa é válida, já que o time assegurou o nome da cidade na elite do futebol paranaense.

Quem assinará o pedido de CPI?

Os vereadores que podem completar a lista necessária de assinaturas ao requerimento para abertura da CPI dos Laptops são Valter Viana, Humberto Henrique e Mário Verri. Os dois últimos, porém, acharam a atitude de Marly Martin Silva precipitada. Já o primeiro, quer algum tipo de prova adicional. Sem uma prova, ele disse que não assinaria. Como o presidente John Alves Corrêa reuniu os vereadores após a sessão para um bate-papo, do qual não participou a vereadora Marly, fica a expectativa se ela conseguirá as cinco assinaturas que necessita.

Marly pede abertura de CPI dos Laptops

Por volta das 17h, a vereadora Marly Martin Silva comunicou aos colegas e ao presidente da Câmara de Maringá, John Alves Corrêa, que estará recolhendo assinaturas para abertura de uma CPI a fim de investigar a compra dos notebooks e tripés para aquela casa de leis. Ela precisa de cinco assinaturas. Tem duas, por enquanto. A dela e a do vereador Umberto Becker.

Maringá espera pelo prometido fim do lixão

A Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Maringá enviou no início da tarde de hoje um release sobre um convênio firmado entre a Secretaria de Meio Ambiente e Agricultura e o Colégio Estadual Juscelino Kubitschek de Oliveira para trabalhos de preservação e avaliação ambiental. Cá com meus botões pensei, a idéia é interessante, mas cadê a discussão do projeto para pôr fim ao lixão da cidade? O governo petista tinha conseguido tirar os garimpadores de lixo daquele local e, por conta da campanha eleitoral, o lixão voltou a ser invadido. Desde então, está tudo como era antes. Ou seja, gente vivendo do lixo. No início deste ano, a administração prometeu anunciar até o final de abril qual seria a tecnologia que Maringá adotaria para acabar com o lixão. O plasma molecular foi a tecnologia escolhida. Mas o assunto morreu ali. E nem tentem obter mais informações, porque ninguém consegue falar com o secretário da pasta, José Croce Filho. Tenho simpatia por ele, mas não posso ocultar que o camarada simplesmente vive viajando e não atende as ligações.

Brasil produzirá laptops a R$ 100,00

Para quem achou caro os laptops comprados pela Câmara de Maringá por R$ 10.980,00, uma olhada no texto abaixo, divulgado pela Agência Brasil e Folha Online, faz qualquer arrepiar os cabelos com o investimento feito pelo Legislativo maringaense – e não se trata de sugerir irregularidade no processo de compra, mas no quanto a informática está se popularizando e criando produtos cada vez mais acessíveis.
O ministro da Cultura, Gilberto Gil, afirmou ontem na Tunísia que o Brasil negocia com o MIT (Massachusetts Institute of Technology) a aquisição de laptops de US$ 100. Gil não mencionou datas para a possível concretização da parceria, mas já se sabe que a produção das máquinas deve começar no ano que vem.

Especulando o espetáculo do governo Lula

A manchete da Folha de São Paulo me fez pensar no quanto o governo Lula joga contra o próprio time. “Palocci ataca Dilma e as investigações”. O texto reproduz falas do ministro da Fazenda durante o depoimento no Senado e acentua o quanto o governo petista bate cabeça. Na semana passada, líamos que a ministra chefe da Casa Civil atacava a política econômica, hoje, vemos estampado no principal jornal do país, o contra-ataque de Palocci. Isto porque, no final da semana, Lula chamou os dois e pediu para que os ministros não lavem a roupa suja em público.
A grande verdade a respeito desse governo é que ele só garante a reeleição se a oposição for muito incompetente. Porém, para quem está animadinho achando que o Lula vai cair é bom lembrar que a oposição tem feito muito barulho, mas como tem telhado de vidro, a população não está embarcando nas críticas feitas até agora. Prova disso é que a aprovação do governo continua consideravelmente alta.

Cadê a tentativa de acordo?

Na próxima semana, a Câmara de Maringá deve voltar a discutir o projeto da vereadora Marly Martin Silva que pretende dar o nome de Itália à rua Saadeddine Ali Wardeni. Esta rua, do jardim Guaporé, ganhou este nome em homenagem ao pai do empresário maringaense Ali Wardani. O nome anterior era rua Itália. Porém, não se trata aqui no nome do país, mas sim de uma homenagem a mãe do responsável pelo loteamento daquele bairro.
Depois de recuperar parte da história, a novidade é que a vereadora Edith Dias havia se comprometido na sessão de terça-feira, da semana passada, a procurar a família Brescansin (que quer o nome Itália de volta) e a família Wardani para chegarem a um acordo. Porém, até agora a vereadora não entrou em contato com os Brescansin, que já ameaçaram recorrer a Justiça, pois a câmara ao trocar o nome da rua não respeitou a legislação municipal que prevê a obrigatoriedade de que 70% da população afetada com a troca aprove a mudança.

quarta-feira, novembro 16, 2005

Ulisses Maia fala sobre Direito do Consumidor

Só pra aliviar... O advogado e diretor do Procon de Maringá, Ulisses Maia, lança amanhã o sétimo livro dele. Desta vez, Ulisses trata do assunto sobre o qual ele tem se debruçado desde o início do ano: o Direito do Consumidor.
Ele estará amanhã, a partir das 8h30, em meu programa (104,9 FM – Rádio Novo Tempo) falando sobre o livro e sobre as principais questões relacionadas a essa modalidade do Direito.

Vale acrescentar que prestigiará o lançamento do livro de Ulisses o diretor geral do Procon no Paraná, Algaci Túlio. Ele chega na cidade por volta das 10h.

Agora é a vez da OAB pedir explicações

Numa reunião com o presidente da câmara, John Alves Corrêa, o presidente da OAB Maringá, Airton Keiji Ueda, requereu na tarde de hoje toda a documentação do processo licitatório da compra dos notebooks e tripés. Keiji promete analisar tudo e dar um parecer, no máximo, dez dias depois de receber a papelada – previsto para ocorrer daqui a cinco ou seis dias.
Os vereadores do PT – Mário Verri e Humberto Henrique – querem o cancelamento da compra dos notebooks e tripés para a Câmara de Maringá. Isto é o que diz a nota divulgada pelo partido na tarde de hoje. Na opinião deles, o correto seria o cancelamento da licitação por causa de irregularidades que teriam notado, após analisarem os documentos da licitação. Eles listaram as seguintes falhas:
Dentre outras razões, as mais relevantes são as que seguem:
O ramo de atividade da empresa vencedora não é compatível com as exigências legais.
A divulgação do edital não foi feita em jornal de grande circulação no Estado do Paraná, como determina a lei de licitações.
A participação de uma única empresa, dado o valor considerável e o objeto da licitação.
Valor praticado, de R$ 10.980,00 reais, sendo que 40% desse valor referem-se à extensão da garantia.
O Termo de Desistência de Interposição de Recurso da empresa que forneceu os equipamentos está com data de 09 de julho de 2005, sendo que o processo licitatório foi liquidado, quase cinco meses antes, em 17 de fevereiro de 2005.

Vereadora coloca viagens sob suspeita

Durante a entrevista que fiz com a vereadora Marly Martin Silva para o Jornal Hoje, edição do último domingo, uma das frases que me chamou a atenção foi a seguinte:
“tem até uma situação que a gente precisa pensar e eu vou falar: por que é que se tem tanto interesse em fazer projetos que o governo do Estado autoriza? Será que não é para estar constantemente viajando para Curitiba e justificar essas viagens?”
A vereadora falava sobre a tentativa de pôr fim aos projetos autorizativos e destacou algo que pode revelar um problema maior. Estaria de fato essas viagens a Curitiba para tratar da celebração de convênios ocultando um outro problema na Câmara de Maringá?

Sociedade está apática, diz ex-deputado

A sociedade está apática frente à compra dos notebooks. A opinião é do ex-vereador e deputado estadual, Lindolfo Júnior. Hoje, envolvido em movimentos sociais, o comunicador entende que a população maringaense é bastante passiva em relação aos fatos políticos. Na opinião dele, embora ninguém possa dizer que há superfaturamento na compra dos equipamentos, a passividade permite que não se estabeleça uma efetiva investigação. Ele lembra que, em Curitiba, o Movimento pela Ética na Política chega ao ponto de fiscalizar o horário de chegada e de saída dos vereadores no Legislativo daquela cidade. “O pessoal acompanha tudo e os relatórios servem de base para os eleitores escolherem seus candidatos”.

Leitor não entende mais nada

Do leitor, Josenilton:
Eu não entendo mais nada. O vice presidente da Câmara de vereadores de Maringá, Mário Hossokawa, disse: "que a licitação deveria ter sido cancelada porque apenas uma empresa compareceu. Ele destaca também que os equipamentos foram pagos um dia antes da entrega." (Hoje Maringá, 12/11/05). Ora, se a licitação deveria ser cancelada e não foi, então, foi irregular. Se foi irregular, alguém precisa ser punido. Não é isso que deveria acontecer?

Caro Josenilton, numa câmara em que a maioria diz não saber nada sobre a compra dos notebooks é difícil esperar que se faça alguma coisa.

Notebooks: uma visão diferente do leitor

Hoje um leitor e amigo me abordou e sugeriu que a gente desse um tempo nas matérias com caráter de denúncia, principalmente às relacionadas à Câmara de Maringá. Ele disse que precisamos fazer matérias diferentes, com propostas alternativas. Na verdade, ele quis dizer que diante de uma situação negativa, devemos escrever algo que proponha uma solução. Achei interessante a idéia dele, mas me pareceu que minha atividade profissional estaria tomando um outro rumo – afinal, são os políticos que devem propor soluções; nós, jornalistas, apenas relatamos os fatos. Ainda assim, cá com meus botões pensei em algumas alternativas para o caso do momento: a compra dos notebooks e tripés para o Legislativo.
Primeiro, em relação aos computadores, os equipamentos de fato podem ser úteis. Portanto, todas as empresas da região poderiam ter sido convidadas a participarem da licitação. Esta, por sinal, seria divulgada com detalhes. Logo, os 20 notebooks poderiam ser adquiridos por preço inferior a R$ 5 mil (já com leitora e gravadora de DVD – que os da câmara não têm).
Sobre os tripés, além da divulgação, como o Legislativo faz uso de filmadoras M9000, relativamente leves e simples, a licitação poderia ser para um produto que desse suporte a essas filmadoras. Dessa forma, os tripés poderiam ser comprados por R$ 1,2 mil.
Em resumo, essa é minha sugestão, meu caro leitor. O que você acha? Atende ao seu pedido?

Depois do feriadão, o blog está de volta

Depois de quatro dias de folga, estamos de volta. E certamente o blog terá boas (depende pra quem) novidades no decorrer da semana que nos resta.
Aproveito para felicitar os torcedores do Galo Maringá, que está pertinho do título estadual, e aos corinthianos (esclarecendo, não sou torcedor do time alvinegro), que provavelmente colocará a mão na taça nacional.

sexta-feira, novembro 11, 2005

Um bom final de semana, um ótimo feriadão

Depois de uma semana bastante cansativa, estou encerrando minhas atividades. Quero deixar para você um texto especial. Ficaria satisfeito se falasse ao seu coração. Um abraço e a gente se fala na próxima semana!
Conta-se a história de um vaso de porcelana que sempre se queixava por viver sozinho, vazio e sem vitalidade. O vaso dizia que gostaria de ser útil; gostaria que alguém plantasse dentro dele uma flor, para que ele pudesse mostrar toda a beleza que as flores têm.
Um dia, de modo surpreendente, a oportunidade chegou. Alguém se aproximou do vaso e tentou plantar uma roseira. O caule tinha uma bela rosa. A despeito da boa proposta, o vaso protestou veementemente: "Não permitirei que ponham terra dentro de mim."
De modo argumentativo, continuou: "Se quiserem tornar-me útil, que usem água em lugar de terra."
– Apenas com água, minha existência será muito mais curta – objetou a bela flor. – Se você permitir que coloquem terra dentro de você, terei uma vida longa. Você será notado e não viverá mais sozinho. Todos verão que estamos unidos, que podemos viver um para o outro.
– Mas posso continuar vivendo sozinho, sem a necessidade de engolir terra – retorquiu o vaso. E então acrescentou: – Para dizer a verdade, até já me acostumei a viver sozinho.
– Bem, já que você não quer que eu viva com você, não há nada que eu possa fazer.
Talvez eu encontre apoio em outro lugar. Mas eu o aconselho a ser mais cuidadoso, porque um dia poderá tornar-se algo que simplesmente junte poeira e contenha coisas mortas.
– Sabe, você está quase me convencendo! – exclamou o vaso.
– Ótimo! Só dessa maneira minha existência será prolongada! – exclamou a linda rosa, exalando excelente perfume.
Assim, no dia seguinte, no jardim interno de uma bela casa, apareceu o encantador casal – o ex-vaso solitário de porcelana e a linda flor. Todos aqueles que os contemplavam se admiravam por ver tanta beleza junta. Finalmente, o vaso entendeu que para ser feliz é necessário fazer os outros felizes.
Nós também podemos ser vasos de bênçãos na vida de muitas pessoas, quando permitimos que Deus nos use. Juntos, podemos ajudar os outros a desenvolver sua fé e a experimentarem o amor de Jesus.

Ética e moral estão nas pessoas, não nos partidos

Cá com meus botões esteja pensando, quando há vontade de passar a limpo os atos dos homens públicos, não são os partidos as melhores referências de moralidade e honestidade. O caráter, a ética e a moral estão nas pessoas. Os partidos não moldam o que as pessoas de fato são. Basta notar que, em Maringá, os vereadores que mais estão empenhados em esclarecer o caso da compra dos notebooks e tripés para a Câmara de Maringá são de partidos historicamente adversários e de ideologias antagônicas. De um lado, está a Marly, representando do liberal PFL; de outro, está Humberto Henrique, do PT, partido de esquerda, defensor do socialismo.

Estatísticas de acidentes já estão na internet

Já está no site da prefeitura de Maringá (www.maringa.pr.gov.br) as estatísticas do trânsito da cidade. Embora não estejam todos os dados, muita coisa já está disponível para a população. Para isso, basta clicar no ícone “acidentes de trânsito”. Há, inclusive, informações históricas – desde 1995. Para quem se interesse pelo assunto, quer fazer comparações etc, vale a pena dar uma olhada. São informações que só chegavam até a população depois de muito trabalho de pesquisa feito pelos repórteres. Agora, qualquer pessoa poderá ter acesso. É mais uma conquista do diretor de Trânsito, Luis Riogi Miura – o mesmo que o vereador Zebrão tinha criticado (sugerido que voltasse para Brasília) e dito que não estava fazendo nada à frente da diretoria.

Setran lava pardais e prepara fiscalização eletrônica

O pessoal da Setran começou a dar um trato nos pardais da avenida Colombo. Na tarde de ontem, foram lavados alguns dos equipamentos de fiscalização eletrônica, já que estava programado para hoje a publicação do edital para contratação da empresa que os colocarão em funcionamento. A intenção, segundo conta Luis Riogi Miura, diretor de Trânsito de Maringá, é reiniciar a fiscalização eletrônica na cidade no início do próximo ano. Outro aspecto é que serão ampliados de 40 para 80 o número de pontos de fiscalização.

Em sessão diferente, notebooks ganham destaque

Diferente do que aconteceu em sessões anteriores da Câmara de Maringá, ontem, os vereadores falaram sobre a falta de transparência nas licitações da casa, especialmente na compra dos notebooks e tripés. O caso foi discutido inclusive na tribuna. A razão para o assunto ter vindo à tona foi praticamente um só: a ausência do presidente John Alves Corrêa no comando da sessão. Quando ele está, vários vereadores (existem exceções, é obvio) se sentem inibidos em questionar atos da presidência. Também há um motivo para isso: eles têm compromissos com o presidente, que vão além de uma amizade de longa data – poucos vereadores rejeitaram a oferta da presidência de terem cargos em comissão naquela casa.

quinta-feira, novembro 10, 2005

Orçamento do Saop para 2006 ameaça vereadores

A mesma câmara que sofre para se livrar da nuvem negra que se projetou por lá desde a descoberta da compra dos notebooks (R$ 10.980,00) e tripés (R$ 7.493,00) tem a missão de votar o Orçamento de Maringá para o próximo ano. Nele, o Saop está contemplado com uma verba de R$ 22 milhões. O atual presidente da autarquia, Walter Guerlles, que é vereador licenciado, já havia anunciado há cerca de dois meses que precisava de R$ 30 milhões para dar conta da demanda de serviços. Como o Orçamento não prevê esse dinheiro todo, paira sob os vereadores uma ameaça silenciosa: caso não proponham emendas aos gastos da prefeitura para 2006 e remanejem as verbas necessárias ao Saop, dificilmente terão atendidos os pedidos que fazem à autarquia por serviços de asfalto, tapa-buracos, poda de árvores etc.

Resolução para dar mais transparência à Câmara?

Hoje, foi colocado na pauta da Câmara de Maringá o projeto de resolução que muda o sistema de compras do Legislativo. Como havíamos antecipado aqui no blog, trata-se de uma tentativa da presidência de responder às críticas, principalmente a partir da compra dos notebooks e tripés. Apesar do apoio à iniciativa, Valter Viana sugeriu que a resolução contemplasse também a participação de dois vereadores para acompanhar todo o processo de licitação. Depois, ele me questionou sobre o que achei da idéia. Fui obrigado a lembrá-lo que se esses vereadores (que porventura venham acompanhar as licitações) tiverem o mesmo comportamento do corregedor da câmara, o Zebrão, que confessou hoje durante a sessão que não sabia de nada sobre a compra dos notebooks, o resultado da proposta de Viana deverá ter pouco valor.

Vereadores pedem documentos à Informar

Os vereadores Humberto Henrique e Marly Martin Silva pediram hoje ao proprietário da Informar Assistência Técnica uma série de documentos referentes a compra dos notebooks, tripés, fitas de vídeo e pilhas alcalinas para a Câmara de Maringá. Trata-se de mais uma tentativa da dupla de tentar apurar a comprar e verificar se houve superfaturamento. Nota-se, no entanto, que os vereadores estão sozinhos na briga. Embora haja uma tentativa da maioria dos vereadores de ficarem bem frente à comunidade, percebe-se que estão bastante preocupados em não contrariar o presidente da casa, John Alves Corrêa.

Dinheiro é motivação para quem faz medicina

Uma pesquisa divulgada nesta semana revelou que o médico é o profissional melhor remunerado no país. A pesquisa, na verdade, apenas confirmou algo que muita gente já sabia. Porém, aproveito a deixa para refletir algo que considero preocupante: como o médico é o profissional melhor remunerado e um percentual significativo (quase todos) dos que saem da faculdade são aproveitados no mercado de trabalho, a cada dia cresce o número desses profissionais que estão em atividade apenas pelo amor ao salário que ganham – não há compromisso de fato com a vida humana (salvar o doente apenas porque a vida é importante – na prática, o que acaba acontecendo é que sem dinheiro, nada feito). O número de pessoas que se inscrevem nos vestibulares para cursos de medicina é uma prova concreta de que a motivação maior de quem vai fazer o curso é a possibilidade de uma boa renda.

Setran abre a caixa preta e divulga dados

Nos próximos dias, a Secretaria de Transportes de Maringá disponibilizará todos os dados – como multas, acidentes, atropelamentos etc – do trânsito na internet. Talvez seja um dos primeiros municípios do país a fazer isso. Os dados estarão atualizados. Segundo o diretor de Trânsito, Luis Riogi Miura, trata-se de uma iniciativa que visa dar ainda mais transparência ao trabalho que vem sendo realizado pela Setran. Na opinião dele, a iniciativa não representa nada mais que o cumprimento do dever do setor público para com a sociedade. “Não existe razão para ter dados escondidos. O que é de interesse da população deve estar disponível”. Segundo ele, pelo menos enquanto esta administração municipal estiver à frente do Executivo maringaense as informações serão divulgadas na internet.

Com festa, pizza é servida no Congresso

Na semana passada, falei que a Comissão de Ética tinha preparado a primeira pizza do escândalo do mensalão. Ontem, ela foi saboreada com requintes de festa. O deputado Sandro Mabel, acusado de fazer parte do esquema, inclusive de tentar comprar a ida da deputada tucana Raquel Teixeiro (GO) para o PSDB, teve o processo de cassação arquivado. Foram mais de 300 votos em favor do arquivamento. Confesso que, como cidadão, fiquei indignado. Cassaram o Roberto Jefferson, que denunciou o esquema de corrupção, mas não cassaram Sandro Mabel. A justificativa é simples (ou simplória) não havia provas materiais contra ele.
"Não estou dizendo que ele é inocente. Apenas peço o arquivamento por falta de provas. Não digo que a deputada Raquel Teixeira mentiu, digo apenas que provas não foram apresentadas. A deputada depôs na condição de testemunha e não de acusadora. Acusador é o PTB e nós não encontramos provas das acusações", afirmou o relator Benedito de Lira.
Se não havia provas materiais contra Mabel, não há razão para cassar José Dirceu. Até agora ninguém conseguiu provar nada contra o ex todo poderoso ministro chefe da Casa Civil. Alguém duvida que outros citados não serão cassados? Só serão cassados aqueles deputados que tiveram, de fato, ligação com a esquerda. Gente como Mabel, liberal e de direita (governista apenas por conveniência), faz parte dos esquemas antigos – de outros governos – e não serão varridos para fora do Congresso.

quarta-feira, novembro 09, 2005

Reações à proibição de fumantes no PSF

Está no blog do Rigon:
O pediatra Kemel Jorge Chammas, que dirigiu a seccional do Conselho Regional de Medicina em Maringá, disse em enquete promovida pela rádio CBN que a decisão de apenas contratar profissionais de saúde que não fumem, pelo Programa Saúde da Família, é arbitrária, antidemocrática e discriminatória. A restrição está no edital do concurso do PSF aberto pelo prefeito Silvio Barros II e é inédita no país. "Eu não vejo sentido na exigência", disse ele, ressaltando que a preocupação deve ser a contratação de profissionais capacitados. Fumar, diz ele, não tirá o mérito de ninguém.

Respeito a opinião das pessoas, mas volto a dizer: sou contra o fumo e penso que quem fuma não pode atuar na área de saúde. O (mal) hábito é contraditório com a própria atividade, com as atribuições que cabem ao profissional que trabalha com saúde. É o mesmo que um religioso ser dono de uma casa noturna. O cidadão pode até ter direito, mas não condiz com a posição assumida por ele.
Quer fumar? Trabalhe com qualquer profissão, menos na área de saúde. Esta aí uma boa sugestão para o Código de Ética desses profissionais ligados à saúde.

O materialismo dialético e a política em Maringá

A assessoria de imprensa da UEM enviou um release, na tarde de hoje, sobre uma aula magna em que a Teoria Marxista será o tema principal. Por alguns minutos lembrei que, durante minha graduação, tinha uma queda (ou um tombo) pelo marxismo. Li muita coisa sobre Karl Marx e ainda hoje gosto da leitura (talvez a melhor entre os teóricos) que ele faz sobre a sociedade, em especial sobre o capitalismo. Confesso que, hoje, gostaria de ter tempo de fazer uma leitura materialista dialética dos fatos que têm ocorrido na política maringaense. Sempre lamento que boas discussões, tomando como base Marx (e outros filósofos), estejam restritas às universidades.

Joh irá propôr pregão eletrônico para a Câmara

Talvez como forma de responder as críticas da imprensa e dos opositores, John Alves Corrêa colocará em votação, amanhã, uma resolução da mesa da câmara que altera o regimento interno da casa. Entre as mudanças está a proposta de realização de compras através de pregão eletrônico. Embora essa modalidade de compra seja possível há muito tempo, o Legislativo maringaense ainda licitava do modo antigo. Entre as vantagens do pregão estão uma maior transparência e a possibilidade de adquirir bens, produtos ou serviços com preços mais baixos.

Notebooks: há fôlego para ir até aonde?

Desde a última sexta-feira, a papelada referente à compra dos notebooks está disponível aos vereadores. Será que alguém se dispôs a analisar profundamente os documentos? Pelo que pude perceber até agora, toda a investigação será mesmo feita pelo Ministério Público. Como esses procedimentos demoram um pouco, mais dia ou menos dia esse assunto sairá da pauta da imprensa e o Legislativo voltará à rotina normal.

Maringá registra 21 vezes mais casos de dengue

No próximo dia 19, o Brasil inteiro estará mobilizado no chamado dia D de combate à dengue – menos Maringá. Isto porque, segundo declarou o secretário Heine Macieira ao jornal O Diário, falta dinheiro para promover o arrastão contra o mosquito Aedes Aegypti. Outra justificativa usada pelo secretário é de que a doença estaria controlada em Maringá. Como foram registrados até agora 106 casos, de um total de 300 notificações, ele disse que não há razão para uma mobilização tão grande, inclusive, com gastos. O que faltou ao secretário dizer é que, no ano passado, Maringá teve ao longo de todo o ano apenas cinco casos confirmados. Ou seja, o crescimento de pessoas infectadas pela dengue até agora é 21 vezes maior que em 2004. Desculpe-me o secretário, que já apontei inclusive como um cidadão trabalhador e determinado, mas desta vez ele pisou feio na bola. A dengue é uma doença grave. Quando há reincidência, pode até matar. Logo registrar 21 vezes mais casos que no ano passado (cinco contra 106 – até agora) deveria merecer atenção da Secretaria de Saúde e servir de alerta que o trabalho que vem sendo realizado tem apresentado uma resolutividade bem abaixo do que o pessoal da administração anterior conseguia apresentar.

Câmara corta gastos e vereadores ficam sem diária

Os vereadores Humberto Henrique e Marly Martin estão hoje em Porto Alegre (RS). Foram tratar de um assunto interessante para Maringá: as delimitações do espaço aéreo. Na verdade, quem acompanhou a polêmica tentativa da Frangobrás se instalar na cidade deve lembrar que o grupo foi impedido por causa da legislação que proíbe um abatedouro de aves ser montado a uma certa distância (que não lembro, acho que são 15 quilômetros de diâmetro) do aeroporto. O que chama, porém, a atenção é que os vereadores viajaram sem o recebimento da chamada diária. A presidência liberou as passagens, mas os demais custos sairão no bolso dos parlamentares. A justificativa é bastante simples: a câmara está cortando gastos.

Projetos de vereadora são barrados na Câmara

Não tive a chance de confirmar, mas ontem a vereadora Marly, ao defender a aprovação do projeto dela que resgataria o nome original da rua Saadeddine Ali Wardeni (rua Itália, no jardim Guaporé), ela comentou que se tratava do segundo projeto dela colocado pela mesa executiva da câmara na pauta de votações. Fiquei surpreso, já que Marly é uma das vereadoras que mais produz e tem vários projetos engavetados em alguma comissão ou mesmo na mesa da presidência, como ela já denunciou. Consultando minha memória, lembro que a vereadora teve vários requerimentos colados na pauta, mas não recordo de projetos. Se de fato Marly tem projetos e eles não vão para votação ao plenário é hora de se repensar o papel dessa atual legislatura, que basicamente só tem votado projetos do Executivo e os autorizativos feitos pelos vereadores – além das denominações de ruas.

Saop assegura mais R$ 500 mil para tapa-buraco

O diretor presidente do Saop, Walter Guerlles, assegurou mais R$ 500 mil para obras de tapa-buraco em Maringá. Ele falou sobre isso hoje pela manhã em meu programa de rádio. Na ocasião, agradeceu ao prefeito pela sensibilidade, já que, segundo ele, no final do ano, a prefeitura sofre com a falta de recursos – principalmente por causa do pagamento do 13º salário. O que chamou atenção, no entanto, foi o fato de que, ao anunciar que bairros serão atendidos por essas frentes de trabalho, a maioria dos lugares que terão a pavimentação recuperada será em atendimento às solicitações dos vereadores. Guerlles, inclusive, falou o nome dos vereadores que seriam “contemplados” com as obras.

terça-feira, novembro 08, 2005

Questionamento sobre tripés irrita John

O presidente da Câmara de Maringá, John Alves Corrêa, ficou bastante irritado hoje com o questionamento sobre o preço pago nos tripés para as câmeras de filmagem. Ele chegou sorridente para a abertura da sessão, fez comentários de que teria colocado em xeque os questionamentos feitos pela imprensa (principalmente os opositores dele) e que ninguém provaria nada contra ele. Porém, o bom humor foi embora quando a maioria dos repórteres passou a buscar informações sobre a compra dos tripés por R$ 7.493,00. Ao ser colocado no ar para falar por telefone na rádio Nova Ingá, John disse que gostaria que o deixassem trabalhar. Também falou que não se pronunciará mais sobre essa licitação (que tem junto os notebooks). Concluiu que tem as costas largas, por isso, agüenta a pressão. “Enquanto os cães ladram, a carruagem passa”, disparou.

Vereadores descumprem lei e trocam nome de rua

A troca do nome da rua Itália para Saadeddine Ali Wardeni voltou à pauta da Câmara de Maringá. Hoje, a vereadora Marly tentou reverter a decisão tomada há mais de um ano, mas não conseguiu. O projeto foi retirado por três sessões. Essa troca foi motivada pela intenção dos vereadores Edmar Arruda e Walter Guerlles em homenagear o pai do empresário Ali Wardani. Acontece que, além de não levarem em conta que Itália, neste caso, trata-se do nome de uma pessoa (a mãe do cidadão que loteou o jardim Guaporé), os vereadores aprovaram uma lei irregular. Isto porque, a legislação municipal não permite a troca do nome de próprios públicos que tenham nome de pessoas. E para trocar quando é um nome de país (justificativa usada pelos parlamentares por ocasião da votação do projeto que originou a polêmica) é preciso que pelo menos 70% da população afetada aprove a mudança. Está na lei municipal. Parece que ninguém viu – ou não quer ver.

Vândalos defecam em piscinas públicas

Gente que não tem o que fazer anda depredando bens públicos. É lamentável que o fato de estarem “p” da vida com a administração Silvio Barros os levem a atos de vandalismo como os registrados nos centros esportivos do São Silvestre e Iguatemi. Em ambos, esses malandros defecaram na piscina. É preciso ficar claro que todo o cidadão tem direito de protestar (embora nem sempre quem ouve os protestos receba isso de forma positiva), mas prejudicar toda uma comunidade com tais atitudes é, no mínimo, um caso de polícia. As duas piscinas continuam interditadas e químicos estão tentando recuperar as condições de uso (bem que podiam ter esvaziado, lavado e enchido de novo).

Lucro de banco confirma: dinheiro dá em árvores

Neste país onde dinheiro dá em árvores, o Bradesco anunciou esta semana que, de janeiro a setembro, lucrou R$ 4,05 bilhões. Alguém aí consegue mensurar o que são R$ 4 bilhões? Diante dos 4 bilhões de reais do Bradesco, 11 mil por um notebook é dinheiro de troco e o salário mínimo do brasileiro então... Quando um cidadão vem e diz que ser socialista nos dias de hoje é uma questão de sobrevivência, sou obrigado a concordar com ele. Não é possível entender como a lógica econômica de um governo pode permitir que um único banco lucre tanto enquanto falta dinheiro para investimentos básicos, como saúde, educação (o leitor tem acompanhado a greve das universidades federais?), recuperação de estradas etc.

Mais curiosidades da licitação dos notebooks

Na licitação dos notebooks, também foram pedidos outros produtos. Entre eles, dois tripés. O modelo solicitado previa a seguinte configuração mínima: ser de duralumínio, com ligas anodizadas, cabeça hidráulica, base em meia esfera, trava de segurança, nível bolha, manche engrenado regulável e estrela de solo extensível escamoteável, altura máxima de 1,70, mínima de 0,80 cm, peso máximo de 8,5 quilos, capacidade máxima de 8 quilos. A Mattedi, fabricante do modelo de tripé fornecido para a câmara, tem um modelo que atende as especificações e, ontem, custava R$ 2.702,70.

Curiosidades do processo de compra dos laptops

A licitação para compra dos notebooks da Câmara de Maringá foi divulgada no Jornal do Povo, no dia 21 de janeiro deste ano. O texto da tomada de preços 002/2005 não especifica o que seria comprado. O primeiro parágrafo diz assim: “A Câmara Municipal de Maringá torna público que se encontra aberta na Diretoria Geral desta Casa de Leis, tomada de preços nº 002/005 CMM, tipo menor preço, para contratação de empresa para fornecimento de equipamento para modernização do sistema de processamento”. O segundo parágrafo determina o dia para isso: 9 de fevereiro, às 15h. Esta data foi uma quarta-feira – por sinal, a chamada Quarta-feira de Cinzas.