terça-feira, abril 18, 2006

Computadores e telefones da Setran não funcionam

A Secretaria de Transportes de Maringá fará figuração nesta semana no cenário administrativo da cidade. Isto porque, os computadores estão fora do sistema e deu pane na central telefônica. O secretário Valdir Pignata trabalha para colocar tudo em funcionamento até a próxima quinta-feira. Como sexta já é feriado, quem precisar da Setran deve deixar para a próxima segunda. Ou seja, Passe do Estudante, parcelamento de multas de trânsito etc, fica tudo para a semana que vem.

Mais de um ano depois da compra dos notebooks, Câmara de Maringá vai instalar Interlegis

Li há pouco uma matéria publicada hoje no Jornal do Povo sobre a instalação do programa Interlegis na Câmara de Maringá. Segundo a reportagem, a câmara receberá dois servidores, seis computadores e uma impressora.
A matéria me fez lembrar algumas coisas. Primeiro, o Interlegis é um programa desenvolvido pelo Senado Federal já alguns anos. Não custa nada para nenhuma câmara de vereadores e boa parte delas já fazem uso do sistema. Das grandes e médias cidades do país, Maringá é uma das últimas a instalar o sistema (e por negligência da própria casa). Segundo, foi sob a justificativa de que instalaria um programa que daria transparência à casa que a Câmara de Maringá adquiriu os 20 notebooks, pagando por eles um preço maior que o normal: R$ 219.600,00 (o próprio presidente da casa utilizou tal argumento, que acabou descontruído com a apuração da imprensa). O programa era o Interlegis, que não precisava dos notebooks para ser colocado em funcionamento. Terceiro, o mais curioso é que os famosos notebooks foram comprados há mais de um ano, entregues em novembro e só agora vai ser colocado em funcionamento o Interlegis. Curioso, não?

O governador Roberto Requião não levou em conta quem pagará o mínimo

Depois de duas semanas de pressão, os deputados paranaenses começaram ontem a ouvir os argumentos de diferentes entidades sobre a proposta de Requião para criação do salário mínimo regional. Na verdade, poucos deputados estavam no plenário, mas a iniciativa do presidente da AL, Hermas Brandão, é elogiável. Ouvir o que as entidades têm a dizer - pró e contra o projeto - é o que deveria ser feito antes da votação de qualquer projeto relevante (inclusive nas câmaras de vereadores).
Mas há alguns detalhes a considerar no projeto de Requião. Embora a proposta seja bastante sensata (o mínimo deveria mesmo ser maior do que é), quem de fato irá pagá-lo será os empregadores domésticos e os produtores rurais. Quase todas as demais categorias já ganham mais de R$ 400,00. Mas é complicado imaginar como uma família de classe média-baixa, que precisa pagar uma doméstica, poderá pagar tal salário. Quer um exemplo: boa parte dos professores ganha por turno salários que variam entre R$ 400,00 e R$ 600,00. Uma professora (separada, divorciada etc), com renda única, trabalhando dois turnos, e com salário mensal de R$ 1.000,00, como poderá manter uma empregada doméstica?
Infelizmente, em nosso país, um projeto como o do governador possibilita situações injustas como essa (injutas para a professora e para a doméstica).

segunda-feira, abril 17, 2006

Bravin será candidato a deputado estadual

O deputado Ricardo Barros (PP) confirmou, em entrevista à CBN, que o vereador Belino Bravin será candidato a deputado estadual. Embora o deputado não tenha falado isso, é provável que a candidatura de Bravin servirá para captar votos para a legenda do PP e fortalecer a reeleição de Cida Borghetti, já que eleger Cida e Bravin pelo mesmo partido é tarefa bastante difícil.

quinta-feira, abril 13, 2006

Ficou faltando as novidades, Nagahama

Ontem pela manhã, na CBN, o secretário de Esportes de Maringá, Roberto Nagahama, prometeu novidades ao maringaense (ele fez suspense, como se fosse algo muito bom) com a presença do ministro dos Esportes, Orlando Silva. Com a visita dele à Vila Olímpica havia, inclusive, a expectativa de anúncio de recursos para a continuidade da obra. O ministro veio e foi embora e tudo que ele trouxe de novo foi afirmar que os R$ 5 milhões para a Vila Olímpica estão liberados desde o dia 31 de dezembro de 2005 - informação essa "engolida" por alguns como sendo nova. A tão esperada novidade não veio e nem o anúncio oficial de quando começam as obras na Vila Olímpica.

Reitor da UEM responde MP e fala em precipitação

Pressionado ou não o reitor da UEM, Angelo Priori, resolveu falar sobre a ação do Ministério Público contra a instituição pela falta de licença ambiental dos laboratórios. E Priori não poupou o promotor Manoel Ilecir Heckert. Segundo o reitor, o promotor teria agido de forma precipitada e sem um laudo técnico que apontaria a contaminação do meio ambiente com os resíduos produzidos pelos laboratórios. Priori também disse que a maneira como o MP agiu prejudica a imagem da instituição. A entrevista completa do reitor à CBN está no site da emissora.

quarta-feira, abril 12, 2006

Reitoria se silencia diante de ação do MP

O Ministério Público, através da Promotoria de Defesa do Meio Ambiente, propôs uma ação civil pública contra a UEM, por causa de laboratórios que estariam funcionando sem o devido licenciamento ambiental. A notícia está no jornal O Diário e também é destaque na CBN. O curioso é a resistência do reitor Ângelo Priori em falar com a imprensa. Ele alega que só comentará o assunto quando for notificado oficialmente. Obviamente, é um direito do reitor silenciar-se. Porém, ele não tem que falar à imprensa sobre a ação do MP; ele precisa responder a razão desses laboratórios funcionaram há tanto tempo sem o devido licenciamento ambiental. Também deveria dizer o que pretende fazer para regularizá-los. E mais um detalhe: a reitoria deveria saber do problema, porque a Promotoria já havia procurado a administração da universidade para pedir a regularização dos laboratórios. A ação, segundo o MP, só foi proposta porque nada foi feito por parte da UEM.

Aprovado reajuste de 6% para servidor municipal

O título acima se refere ao reajuste recebido pelos servidores da prefeitura de Curitiba. Em Maringá, não há novidades sobre o percentual de correção que os funcionários poderão receber. Mas uma coisa é possível ter certeza: o embate entre o Sismmar e o governo local não deverá ser calmo nas discussões salariais. A administração não tem nenhuma simpatia pelos sindicalistas e nem os sindicalistas por membros do governo. Lembro que, no ano passado, o secretário de Administração, Ademar Schiavone, me disse em entrevista que este ano a prefeitura daria o aumento para depois conversar com o sindicato.

terça-feira, abril 11, 2006

Folha Online: Vantagem de Alckmin em SP cai 10 pontos

A pesquisa Datafolha realizada nos últimos dias 6 e 7 revela que a vantagem que o pré-candidato Geraldo Alckmin (PSDB) tem sobre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Estado de São Paulo --principal base eleitoral do tucano-- diminuiu 10 pontos percentuais de março para abril.
Na pesquisa anterior do instituto, feita nos dias 16 e 17 de março, Alckmin tinha 16 pontos de diferença sobre o presidente no Estado (48% contra 32%). No levantamento da semana passada, essa distância caiu para seis pontos: a taxa de intenção de voto em Alckmin recuou para 41%, enquanto a preferência por Lula atingiu 35%.

Minha observação: se Alckmin está perdendo forças em São Paulo, seu principal reduto eleitoral e onde supostamente teria feito um governo espetacular, que argumentos o tucano terá para provar ao restante do Brasil que ele é o melhor para comandar o país?

Câmara de Maringá X Câmara de Apucarana

A Câmara de Maringá tomou a iniciativa de disponibilizar, como prevê a legislação, a prestação de contas mensal em seu site. Mas, pelo menos por enquanto, ficou no ensaio. No site, é possível ter acesso apenas as contas de janeiro. Já estamos em abril, mas não há números atualizados. Enquanto isso, a Câmara de Apucarana já disponibilizou as contas de março. A audiência pública ocorreu ontem, dia 10 (como tem se repetido mensalmente). O saldo daquele Legislativo que era de R$ 177 mil subiu para R$ 199.624,57.

Maringá terá Estar aos sábados

Está confirmado: quem for estacionar seu carro no centro de Maringá, aos sábados, terá que pagar o Estar. Atendendo um pedido da ACIM, a Secretaria de Transportes pretende colocar os agentes nas ruas já a partir do próximo sábado (a única dúvida é por causa do feriado de sexta-feira). A informação foi dada, ontem, com exclusividade pela CBN - que ouviu o secretário Valdir Pignata. Para o motorista de Maringá - e da região que vem à cidade no sábado, a fim de fazer compras -, a novidade não é das mais agradáveis. Embora assegure o rodízio de veículos nas vagas de estacionamento, o cidadão terá que pagar até no sábado para estacionar. O pior de tudo é que a culpa é do próprio empresário e dos trabalhadores que trabalham no centro. Diferente do que fazem de segunda a sexta-feira, eles aproveitam a gratuidade do sábado para deixar os veículos próximos as empresas onde trabalham. Com isso, as vagas ficam ocupadas e quem sai às compras, sofre para encontrar um lugar onde deixar o carro.

Só para agradecer...

Ontem, este blog completou 800 posts. São sete meses de funcionamento e mais de 24 mil acessos (o contador visível foi instalado quando já tínhamos mais de cinco mil acessos). Obrigado aos leitores!

segunda-feira, abril 10, 2006

Como ganhar dinheiro com a Índia...

Num momento em que a novela da Rede Globo, Belíssima, discute o problema das pseudo agências de modelos que fazem tráfico de mulheres para outros países (com a intenção de explorá-las sexualmente), o pessoal da revista Exame foi bastante infeliz com a chamada de capa: "como ganhar dinheiro com a Índia". Como todas as letras estão caixa alta e uma bela jovem ilustra a capa o título acaba provocando um segundo sentido. Vale dar uma olhada no site da Exame...

O rico ri à toa. FHC que o diga

Uma das melhores revistas do país, a Carta Capital, é pouco lida na cidade. A empresa responsável pela distribuição estranha a razão do maringaense não apreciar a Carta Capital. É uma pena. Nesta semana, por exemplo, a revista de Mino Carta (o primeiro grande editor da Veja) destaca a "desconstrução de Alckmin" - uma bela reportagem que revela o outro lado do pré-candidato tucano à presidência da República. Também na revista, no espaço A Semana, há um comentário sobre a entrevista de FHC ao apresentador Jô Soares, na semana passada. Vale dar uma olhada...

“Pobre quando chega lá em cima acha que é outra coisa”, diz o próspero sociólogo Há quem acuse a televisão de ser o templo da vulgaridade. Essa discussão faz pouco sentido quando se consideram programas exibidos entre as altas horas da noite e as baixas da madrugada, hora em que a população mais modesta recupera as forças para a próxima jornada de trabalho. Uma pequena fatia da sociedade dedica-se ao lazer a essa hora. Talvez por isso, por sentir-se entre seus pares, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso tenha se permitido um bate-papo tão franco no Programa do Jô exibido pela TV Globo na madrugada da quinta-feira 6. FHC, entre uma gargalhada e outra, admitiu a possibilidade de ter havido compra de votos de parlamentares para aprovar, em 1997, a emenda que permitiu a sua reeleição à Presidência, em 1998. À época, o governo tucano foi eficiente em impedir a instalação de uma CPI para apurar o caso. Tinha um rolo compressor no Congresso e a simpatia da mídia brasileira. Sem grandes protestos, o lixo foi para baixo do tapete. Coisas do passado.

No presente, Fernando Henrique Cardoso – amante da candidatura do ex-prefeito José Serra à Presidência – dedica-se a, protocolarmente, defender o presidenciável tucano, Geraldo Alckmin, dos ataques envolvendo o ex-governador de São Paulo com supostas improbidades ocorridas no banco estadual Nossa Caixa. Preferencialmente, no entanto, o ex-presidente dedica-se ao hobby recém-adquirido: atacar Lula e o PT.

Dominado mais uma vez pela vaidade, FHC não conseguiu sufocar uma visão preconceituosa comum à elite brasileira. Na receita do sociólogo “você não deve mudar o seu jeitão quando chega ao poder. Pobre quando chega lá em cima acha que é outra coisa”. A frase traz também uma surpresa. Evidentemente, ao se referir aos pobres com tamanha desenvoltura, o professor aposentado Fernando Henrique Cardoso supõe-se rico. Não só de espírito, mas, também, de bens materiais. Que fique anotado esse dado com a devida atenção.

sexta-feira, abril 07, 2006

Será que não temos mais mulheres bonitas no BR?

Geralmente, não sou ligado em concursos de beleza. Mas, hoje, dei uma olhada na galeria de fotos das candidatas a Miss Brasil (estão disponíveis no site Folha Online) e, sinceramente, fiquei bastante frustrado. Não há mais que duas ou três garotas que, na minha opinião, teriam condições de disputar o título. Não sei quais são os critérios de escolha nesses concursos, mas, cá entre nós, aqui em Maringá não seria difícil encontrar 27 garotas mais belas que as candidatas que disputam o título - imagine em um estado inteiro?

quinta-feira, abril 06, 2006

Alunos de Sarandi invadem Núcleo de Educação

Alunos de uma escola estadual em Sarandi invadiram a sede do Núcleo Regional de Educação. Eles estão por lá e parecem dispostos a acamparem no local. O método não é o adequado; porém, a reivindicação dos estudantes é justa. Eles querem o retorno de um projeto extra-classe que permitia jogos, brincadeiras durante as atividades escolares. Para isso, as aulas foram reduzidas em cinco minutos - cada. E é exatamente por causa da redução no tempo das aulas que o Núcleo Regional de Educação proibiu a continuidade do projeto que, diga-se, foi fundamental para reduzir a violência naquele colégio. Como pesquisador da educação, posso dizer que é uma grande bobagem a iniciativa do núcleo - obviamente, embasada na legislação brasileira (Lei de Diretrizes e Bases). Embora haja a redução no período das aulas, educação não é só o que acontece dentro da sala de aula. Nem sempre adianta encher os alunos com o conteúdo programático. É o que o núcleo está defendendo. Trata-se de uma defesa hipócrita, já que essas aulas (quase sempre maçantes) não torna os estudantes seres humanos melhores - ou seja, não é suficiente para a formação dos alunos como sujeitos de sua própria história.

Na pizzaria da Câmara, só três foram cassados

Na pizzaria da Câmara dos Deputados, pelo menos por enquanto, o plenário livrou oito deputados (ontem, foi a vez de João Paulo Cunha) e cassou apenas três dos envolvidos no caso do mensalão. Foram cassados: Roberto Jefferson, José Dirceu e Pedro Corrêa. Para quem critica o PT por livrar esses deputados da perda de mandato, lembro aqui que os votos da bancada petista não são suficientes para evitar a cassação desses deputados. Cada deputado não cassado reflete o caráter do conjunto (petistas, tucanos, peemedebistas, pefelistas etc etc) da Câmara Federal.

Delcídio Amaral... filosofando...

Ontem, os membros da CPI dos Correios aprovaram o relatório do deputado Osmar Serraglio. Não pretendo aqui comentar o resultado das investigações. Minha intenção é registrar apenas minha admiração pelo presidente da comissão, o senador Delcídio Amaral. Embora petista, Delcídio fez o que a oposição não acreditava: manteve a CPI no rumo e em nenhum momento agiu como governista. Muito pelo contrário, incentivou as investigações, foi duro com companheiros de partido (principalmente ontem, cortando o microfone de colegas petistas), e acabou aplaudido pela oposição ao governo Lula. O senador mostrou na prática aquilo que admiro tanto: a capacidade de tratar de um assunto isolando-o de suas perspectivas e crenças pessoais. Isto é tão difícil hoje em dia. Vejo, por exemplo, nos comentários registrados neste blog essa incapacidade de isolar as pessoas dos fatos. Embora nem sempre seja tarefa fácil agir como o senador Delcídio Amaral (que, para os petistas, pode parecer um traidor), é fundamental separar as coisas. Para Delcídio, os petistas são seus companheiros, seus amigos, mas os erros dos amigos não se justificam apenas pelo fato de serem companheiros.

quarta-feira, abril 05, 2006

Vale pelo humor e reflexão sobre a política...

Lula, Lulinha e Lu

Depois de Lula, o presidente que nunca sabe de nada do que acontece em seu governo, e depois de Lulinha, o filho do presidente que conseguiu enriquecer sob o governo do pai, chegou a vez de Lu. Seu nome é Maria Lúcia Alckmin, é mulher do presidenciável tucano Geraldo Alckmin. Pois bem. O estilista Rogério Figueiredo, dono de um ateliê festejado de São Paulo, contou à jornalista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo, que presenteou Lu Alckmin com 400 peças de alta-costura nos últimos anos. Repetindo, para os incrédulos: 400 peças de alta-costura – de graça.

O estilista explica que as 400 peças formam algo em torno de uns 200 modelos completos. Como os modelos completos de Rogério Figueiredo valem entre 3.000 e 5.000 reais, pois são coisa muito fina, dá para estimar que o guarda-roupa de Lu, só em peças do estilista, é um pequeno tesouro que vai de 600.000 a 1 milhão de reais. O que não dá para estimar é em que confins da ética Lu Alckmin foi buscar a idéia de que pode receber presentes de 1 milhão de reais. (Em Brasília, a comissão de ética pública determina que as autoridades só recebam presentes de até 100 reais.)

Oito dias depois de ser confrontada com a notícia, Lu Alckmin se manifestou. Disse que, na verdade, ganhou "apenas" 40 vestidos – coisa de 120.000 a 200.000 reais – e que doou tudo a uma instituição de caridade. Esqueçamos que ela ganhou muito mais de 40 vestidos segundo seu próprio estilista, e esqueçamos que a instituição nega que tenha recebido todas essas doações. Fiquemos com a versão de Lu dos 40 vestidos. Cotados pelo preço médio, dá 150.000 reais. É o mesmo que dizer que ganhou:

• dois Land Rover, do mesmo modelo que a empresa GDK deu a Silvio Pereira, do PT (e ainda sobra um troco para comprar uma camisetinha na Daslu);

• umas 150 canetas Montblanc, iguais às que o deputado João Paulo Cunha recebeu de presente do caixa Marcos Valério;

• os 27 tailleurs que Marisa Letícia recebeu – de graça, é claro – do estilista capixaba Ivan Aguilar. Os modelos, se fossem pagos, sairiam por uns 30.000 reais. Isso significa que Lu Alckmin ainda tem 120.000 reais de dianteira sobre Marisa. Quando a notícia do guarda-roupa de Marisa veio à tona, tucanos e pefelistas ficaram tão indignados com a exorbitante vaidade da primeira-dama que uns até pediram o impeachment de Lula. E agora?

A fartura do guarda-roupa de Lu dá para bancar até umas semanas do mensalão do seu marido. O governador Geraldo Alckmin despachava verbas publicitárias da Nossa Caixa para publicações e programas de rádio e TV dos deputados estaduais em troca do voto favorável aos projetos do governo. Guardadas as proporções, era a versão paulista do mensalão de Lula. Com o guarda-roupa de Lu, dá para bancar o mensalão de uns dois ou três deputados.

A Assembléia Legislativa de São Paulo pode até pensar em investigar o escândalo de Lu e os 40 vestidos. Mas não vai. Geraldo Alckmin, aquele que prometeu um "banho de ética", já conseguiu enterrar 64 pedidos de CPI. (André Petry - Revista Veja)

Com as denúncias envolvendo Alckmin, só resta a oposição pedir o impeachment de Lula

Diante da possibilidade real de Lula ser reeleito e das denúncias envolvendo o seu principal adversário, o ex-governador Geraldo Alckmin, a elite está se mobilizando para fazer o que não pretendia: pedir o impeachment do presidente. A proposta da oposição era deixar Lula "sangrando" até o final do mandato e, nas urnas, enterrar de vez sua história política. Porém, como o projeto oposicionista parece não estar dando certo e estão tirando alguns esqueletos do armário de Alckmin, a solução parece mesmo ser derrubar Lula da mesma forma que fizeram com Collor. Tirando os direitos políticos do presidente, o caminho estaria aberto para os tucanos retomarem o comando da nação.

terça-feira, abril 04, 2006

Em entrevista, Silvio pede fim da hipocrisia

Em entrevista à CBN, o prefeito Silvio Barros disse há pouco que é hora da comunidade pôr fim à hipocrisia. O comentário foi feito em resposta aos questionamentos da sociedade, e críticas da oposição, por conta da cessão de máquinas da prefeitura para uso numa obra particular e também do carro da prefeitura para buscar o filho do prefeito na escola. Vale ouvir a entrevista no site da emissora. Sobre a cessão das máquinas, Silvio afirmou que a prática era comum na administração petista e, também por isso, pretende propor uma alteração na legislação que torna tal situação ilegal.

Humberto vai a Brasília pedir farmácia popular

O vereador Humberto Henrique viaja amanhã para Brasília, acompanhado do deputado Padre Paulo, a fim de convencer membros do governo federal a instalarem em Maringá uma unidade da farmácia popular. A farmácia vende mais de 100 medicamentos com preços bem abaixo dos praticados nas drogarias tradicionais. Humberto e o deputado se encontrarão com o coordenador do programa de Saúde Bucal, o maringaense Gilberto Pucca.

Sismmar está evoluindo, diz Schiavone

O secretário de Administração de Maringá, Ademar Schiavone, disse há pouco na CBN que os sindicalistas estão aprendendo, evoluindo... Isto porque, os servidores da saúde decidiram que não vão entrar em greve - pelo menos, por enquanto. Na opinião do secretário, a iniciativa do Sismmar refletiu um certo bom senso, já que os servidores optaram por negociar em vez de iniciarem uma paralisação. O comentário de Schiavone é curioso e mostra qual a visão que o governo municipal tem do sindicato.

Eu prefiro ser direita - ou melhor, direito

Acho que arrumei uma bela polêmica com essa história do carro do município que serve ao prefeito ir buscar o filho de Silvio na escola. Porém, desculpe-me, caro leitor, nego-me a comentar o assunto. Há mais coisas a pensar. Por exemplo, estou pensando em assumir que sou de direita. O Tonto do Zorro é que andou sugerindo... Estou quase embarcando nessa. Afinal, se o Fernando Henrique Cardoso declarou à Veja que é de esquerda e o presidente Lula também é tido como de esquerda, não me resta outra opção a não ser a direita. A esquerda de FHC promoveu a privatização de diversas empresas, com forte suspeita de favorecimento a alguns grupos, e desvios de recursos. Além de uma série de outros problemas, também foi FHC que patrocinou a emenda que assegurou o direito da reeleição. Já a esquerda do presidente Lula é a mesma que aprofundou o projeto neoliberalista, os juros altos, o favorecimento dos "amigos", o empreguismo, o fisiologismo e o tal do mensalão. Sinceramente, fazer parte dessa esquerda não me atrai. E também é esquerda o pré-candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, que conseguiu enterrar mais de 60 propostas de CPI contra o governo dele, que favoreceu, através da Nossa Caixa, uma série de aliados, que tem uma esposa com uma coleção de 400 vestidos e uma filha que trabalha na Daslu. Assim, eu prefiro ser direita - ou melhor, ser direito.

segunda-feira, abril 03, 2006

O lamaçal da disputa eleitoral deste ano

Lúcia Hipólito da CBN (que estará no ciclo de palestras que a emissora maringaense inicia no próximo dia 19/4) comentou hoje pela manhã...

"O tamanho da desconfiança do Brasil nos homens públicos pode ser medido pelo tamanho do prazo de desincompatibilização. Seis meses antes da eleição, quem estiver em cargo público e quiser disputar outro, tem que sair. Isto porque está firmada a convicção de que, se ficar no cargo, a autoridade pública vai usar a máquina em seu próprio benefício eleitoral.

Esta situação faz com que o Brasil tenha campanhas eleitorais das mais longas entre todos os países democráticos. No mínimo, seis meses antes da eleição, o quadro precisa ser definido.

O resultado são campanhas caríssimas, sangrentas, que deixam um rastro de destruição. Depois, para governar, é um problema. Juntar os cacos não fica nada barato. Em todas as democracias, campanha eleitoral é meio cafajeste mesmo. Uma certa dose de golpes baixos, ataques pessoais e safadezas várias é sempre esperada. Faz parte do cardápio eleitoral.

Mas esta eleição de 2006 está pintando ser especial. Afinal, não é todo dia que se entra numa disputa presidencial no meio do furacão de uma gravíssima crise política. Se formos pensar bem, o ano de 2005 ainda não acabou. Seus acontecimentos invadiram 2006 e contaminaram definitivamente a campanha eleitoral.

Ainda resta uma CPI funcionando, a dos Bingos. Ainda está por ser votado o relatório da CPI dos Correios, há processos de cassação que não foram votados pela Câmara, o país ainda não tem Orçamento para o exercício de 2006.

Como se não bastasse, a Polícia Federal e o Ministério Público não têm mãos a medir. Os depoimentos se sucedem, os processos, bem ou mal, estão andando. E daqui para outubro pode acontecer muita coisa.

Não dá para prever como o presidente Lula vai chegar às urnas em outubro. Aliás, também não dá para prever como Geraldo Alckmin vai chegar lá. Lula arrasta os erros de seu governo, de seu partido e de seus companheiros. Além dos seus próprios erros, é claro.

Quanto a Alckmin, começou mal. Já entra na campanha tendo que explicar melhor o caso da Nossa Caixa e das verbas de publicidade destinadas a seus aliados. E o candidato tucano ainda vai ter que arrastar até outubro o formidável guarda-roupa de sua excelentíssima esposa. Os tais 400 vestidos vão render muito na mão de seus adversários.

Em resumo, vai correr muita lama."

Um breve olá e uma ótima semana a todos!

Dei uma olhada nos comentários do post logo abaixo (são 10, por enquanto) e me diverti bastante com a raiva de alguns leitores. Tem de tudo - inclusive, críticas a este jornalista. Por tudo que os visitantes deste blog comentaram, vale a pena abrir o espaço e ver o que o pessoal pensa a respeito do uso do carro da prefeitura (que serve ao prefeito) para buscar o filho de Silvio na escola. Por ora é isso. Uma ótima semana a todos!