Eles pagarão pelo que estão plantando

No rádio, conversei hoje com um pastor que falou sobre a lei da semeadura e da colheita. A idéia básica é que tudo fazemos nesta vida, de bom ou ruim, ainda aqui recebemos de volta. Lembrei desse papo após ler a coluna do jornalista Kennedy Alencar, no Folha Online, sobre a cassação de José Dirceu. Veja alguns argumentos usados por ele:

Difícil dizer no calor da crise política se a cassação foi a punição justa para Dirceu. Sofrerá um banimento de 10 anos da vida pública. Politicamente, ele a mereceu. Escolheu a arena política e colheu o que plantou. A bengalada soou como uma irônica vingança pela frase em que afirmou que tucanos deveriam apanhar nas urnas e nas ruas, dita na época em que o governador Mário Covas foi agredido em praça pública em São Paulo.

A "cassação sem provas", decisão que Dirceu defendeu contra o deputado federal Ricardo Fiuza em 1994, voltou-se contra ele. O processo de Fiuza acabou arquivado. Mas as palavras de Dirceu à época, que hoje ele diz ter sido um dos seus grandes erros, foram usadas como justificativa para cassá-lo.

Embora defenda que nossos políticos (estes que estão mais próximos de nós) mereçam ser investigados e estarem nas páginas dos jornais (ou seja, não só deixar que Deus faça justiça), acredito que, semelhante ao que aconteceu com Dirceu, eles também receberão (alguns, talvez já estejam recebendo) o pagamento pelo que hoje fazem.