quinta-feira, dezembro 15, 2005

Depois da retaliação, o perdão custou caro

A Câmara de Maringá votará pela terceira e última vez o projeto da vereadora Marly Martin Silva que permite aos mutuários que devem para a prefeitura quitarem a dívida ou negociá-la fazendo uso do FGTS. O projeto é interessante, mas é mais curioso o que aconteceu na terça-feira passada quando foi à votação. Antes da autora fazer o discurso na tribuna, o vereador Zebrão pediu a retirada do projeto por 10 sessões. Ou seja, só seria analisado em abril do ano que vem. Zebrão alegou que precisava analisar melhor o assunto. Bobagem (ele geralmente não se preocupa muito com isso). Marly alegou que era coisa pessoal. A retirada da pauta foi aprovada por 8 votos a 7 (tinha acontecido o empate, mas John desempatou em favor do Zebrão). O mais curioso foi o retorno do assunto ao plenário. Isto porque, Zebrão tinha um projeto que beneficiava o esporte, mas era uma espécie de cópia de um outro da vereadora que estava engavetado há mais tempo. Para não ter o projeto dele prejudicado, sob a alegação de privilégio ao amigo do rei etc e tal, Zebrão topou um acordo com a colega: pedia a reconsideração do projeto de Marly e votaria a favor. Foi o que aconteceu e cerca de 1,1 mil mutuários (do Santa Felicidade, Guaiapó, João de Barro) não foram prejudicados por picuinhas entre os nobres parlamentares.

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