Imprudente sim, mas e a velocidade do ônibus?

Na edição de hoje, o Jornal do Povo classificou como imprudente a atitude da empresária que morreu no final da tarde de segunda-feira, no Cidade Alta. Não cabe aqui nenhuma reprovação ao jornal, mas quero comentar o assunto. Conheço bem o cruzamento onde aconteceu o acidente (moro a cerca de 200 metros dali e passo por ele pelo menos quatro vezes por dia). A vítima de fato foi imprudente. Ela avançou a preferencial. E mais: estava sem o cinto de segurança. Porém, embora a empresária tenha sido imprudente, nenhum choque entre veículos naquele local seria suficiente para matar alguém. O que acontece naquela rua, a Noel Rosa, e em muitas ruas de outros bairros da cidade, é que os motoristas da TCCC circulam em alta velocidade. Todas as vezes que vejo uma circular passar por ali fico assustado e me questionando o porquê de tanta pressa e a razão desses motoristas continuarem impunes. A Noel Rosa é uma rua com velocidade máxima de 40 quilômetros por hora. Mas os motoristas da concessionária de transportes coletivos de Maringá não respeitam esse limite. E, por isso, divido a responsabilidade da morte da empresária com o condutor do ônibus responsável por jogar o Vectra contra uma árvore e um muro (que, por sinal, estão a cerca de 50 metros do cruzamento – ou seja, a pancada foi bastante violenta).