Retrospectiva - primeira entrevista com o prefeito

Em janeiro, entrevistei Silvio Barros pela primeira já no governo. Estranhei bastante as dificuldades de acesso ao prefeito e demais secretários. Estava acostumado com o PT e os empecilhos criados (ou não priorização) à imprensa por parte do novo governo me assustaram (confesso que até hoje não me acostumei muito, embora tenha melhorado bastante). Bem, mas naquela entrevista, o prefeito fez algumas declarações interessantes. Vou reproduzir um resumo do resumo.

Somos obrigados a atuar dentro de uma estrutura administrativa e dentro de limitações financeiras deixadas pelo governo antecessor. A gente tem situações que estão totalmente alheias ao nosso controle e que tem que conviver com a nossa proposta de governo. Felizmente, isto é temporário. Logo vamos poder governar do nosso jeito.

O que dizer? Ao que parece, até hoje a equipe dele está com dificuldades para governar do jeito que defendiam na campanha - tanto é verdade que a primeira reforma será anunciada esta semana.

Durante a campanha, eu acreditei que estava tudo em ordem. O PT foi tão incisivo em dizer que estava tudo em ordem, que as contas estavam equacionadas, e eu acabei acreditando.

Hoje, o prefeito sabe que fechar as contas não é tão fácil. A expectativa do déficit no governo dele para este ano é de R$ 30 milhões.

Só para deixar bem claro: prioridade para nós é geração de empregos, melhoria no atendimento da saúde e o cumprimento dos compromissos de campanha.

Na Saúde, a coisa piorou e o prefeito ainda está tentando encontrar uma solução.

Vamos concluir a Vila Olímpica, que é uma obra de peso.

O dinheiro já está liberado e a licitação pode sair ainda esta semana.

Vou reduzir a tarifa do ônibus. Com certeza absoluta, antes de terminar o primeiro trimestre, este compromisso será cumprido.

A promessa foi cumprida no final de fevereiro, mas o preço de R$ 1,35 foi mantido por menos de 60 dias. Porém, o valor da passagem, hoje, ainda é menor que o praticado no final do ano passado.