quarta-feira, janeiro 11, 2006
PSF: programa premiado chega ao fundo do poço
É lamentável a situação da saúde pública de Maringá. Há pouco mais de um ano, ninguém poderia imaginar que o premiado (para quem não lembra, Maringá ganhou prêmio do Ministério da Saúde pela cobertura de 82% da população local) Programa Saúde da Família pudesse ser simplesmente desmontado e chegasse ao ponto de ninguém saber ao certo quando voltará a funcionar efetivamente. E o pior: mesmo que reverta na Justiça essa questão da proibição de fumantes entre os membros do PSF, deverá ocorrer atrasos na contratação e, quando as 64 equipes forem colocadas na rua, ainda não estarão afinadas e prontas para dar conta da proposta básica do programa: prevenir doenças. Há mais uma questão: quando tudo estiver 100%, faltará o cumprimento da promessa de campanha de Silvio Barros: ampliar o PSF. Isto porque, as 64 equipes funcionando representarão tão somente o que o governo do PT já tinha nas ruas.
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Um comentário:
Pesquisando no site do Ministério da Saúde (www.fns.saude.gov.br) achei algo de complementa o seu post.
-O Ministério da Saúde repassa ao municipio um valor para cada equipe que esteja funcionando. O Municipio tem que atualizar mensalmente o banco de dados para receber estes recursos.
- Em janeiro/05, com base nos dados da administração anterior (que convenhamos não foi nenhuma Brastemp) o Municipio Recebeu o valor de R$ 324.000,00. A partir de fevereiro, as equipes começaram a ser desmontadas e o repasse do Ministério despencou. Resumindo, a prefeitura recebeu de janeiro a novembro/05 R$ 2.921.004,00, se mantivesse a mesma situação que a Administração Anterior deixou receberia R$ 3.564.000,00 isto é, deixou de receber em 11 meses R$ 642.996,00.
- se cada médico do PSF atende em média 15 pacientes dia, considerando 22 dias no mês e aproximadamente 40 médicos nas equipes(espero que pelo menos 24 estejam em funcionamento) teríamos um número de 13.200 atendimentos por mês a menos que administração anterior prestava.
- Como as equipes do PSF ainda não estão montadas o rombo(tanto financeiro, como no número de atendimentos) deve aumentar mais ainda.
- Sem dúvida alguma, no ano passado não houve administração na área da saúde em Maringá.
- Um grande problema na área da saúde, é que infelizmente as pessoas que decidem o seu funcionamento não precisam do sistema, e quando precisam se utilizam de privilégios para furar fila ou tem atendimento diferenciado.
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