Depois de Lula, o presidente que nunca sabe de nada do que acontece em seu governo, e depois de Lulinha, o filho do presidente que conseguiu enriquecer sob o governo do pai, chegou a vez de Lu. Seu nome é Maria Lúcia Alckmin, é mulher do presidenciável tucano Geraldo Alckmin. Pois bem. O estilista Rogério Figueiredo, dono de um ateliê festejado de São Paulo, contou à jornalista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo, que presenteou Lu Alckmin com 400 peças de alta-costura nos últimos anos. Repetindo, para os incrédulos: 400 peças de alta-costura – de graça.
O estilista explica que as 400 peças formam algo em torno de uns 200 modelos completos. Como os modelos completos de Rogério Figueiredo valem entre 3.000 e 5.000 reais, pois são coisa muito fina, dá para estimar que o guarda-roupa de Lu, só em peças do estilista, é um pequeno tesouro que vai de 600.000 a 1 milhão de reais. O que não dá para estimar é em que confins da ética Lu Alckmin foi buscar a idéia de que pode receber presentes de 1 milhão de reais. (Em Brasília, a comissão de ética pública determina que as autoridades só recebam presentes de até 100 reais.)
Oito dias depois de ser confrontada com a notícia, Lu Alckmin se manifestou. Disse que, na verdade, ganhou "apenas" 40 vestidos – coisa de 120.000 a 200.000 reais – e que doou tudo a uma instituição de caridade. Esqueçamos que ela ganhou muito mais de 40 vestidos segundo seu próprio estilista, e esqueçamos que a instituição nega que tenha recebido todas essas doações. Fiquemos com a versão de Lu dos 40 vestidos. Cotados pelo preço médio, dá 150.000 reais. É o mesmo que dizer que ganhou:
• dois Land Rover, do mesmo modelo que a empresa GDK deu a Silvio Pereira, do PT (e ainda sobra um troco para comprar uma camisetinha na Daslu);
• umas 150 canetas Montblanc, iguais às que o deputado João Paulo Cunha recebeu de presente do caixa Marcos Valério;
• os 27 tailleurs que Marisa Letícia recebeu – de graça, é claro – do estilista capixaba Ivan Aguilar. Os modelos, se fossem pagos, sairiam por uns 30.000 reais. Isso significa que Lu Alckmin ainda tem 120.000 reais de dianteira sobre Marisa. Quando a notícia do guarda-roupa de Marisa veio à tona, tucanos e pefelistas ficaram tão indignados com a exorbitante vaidade da primeira-dama que uns até pediram o impeachment de Lula. E agora?
A fartura do guarda-roupa de Lu dá para bancar até umas semanas do mensalão do seu marido. O governador Geraldo Alckmin despachava verbas publicitárias da Nossa Caixa para publicações e programas de rádio e TV dos deputados estaduais em troca do voto favorável aos projetos do governo. Guardadas as proporções, era a versão paulista do mensalão de Lula. Com o guarda-roupa de Lu, dá para bancar o mensalão de uns dois ou três deputados.
A Assembléia Legislativa de São Paulo pode até pensar em investigar o escândalo de Lu e os 40 vestidos. Mas não vai. Geraldo Alckmin, aquele que prometeu um "banho de ética", já conseguiu enterrar 64 pedidos de CPI. (André Petry - Revista Veja)
quarta-feira, abril 05, 2006
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2 comentários:
Sr. Ronaldo,
Seguindo direitinho as orientações do prof. Silvio. Agora o negócio é atacar o Lula, o PT e a política nacional. Afinal, Maringá não importa nada mesmo!
Desse jeito o professor vai te dar um 10!
Parabéns!
eta lulinha paraguaio vc ja passou da hora de ser cassado esse e falso mesmo como mente esssa turma que saguearo o nosso pais, nosso sei-la que pais e esse
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